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Como passei na OAB – 3 dicas pessoais para passar no Exame de Ordem! (e uma dica bônus)

 

Percebi que meu blog tem atraído diversos estudantes de Direito que procuram, por meio dos meus textos simples, esclarecer dúvidas que surgem durante a faculdade. Muitos desses leitores até mesmo me procuraram por e-mail à procura de dicas sobre como eu passei na OAB. Por isso, resolvi escrever este artigo.

 

Como passei na OAB - 3 dicas práticas para passar no Exame de Ordem

 

Inicialmente, acho importante esclarecer que eu colei grau em janeiro de 2.012 e, em seguida, prestei o exame. Foi o VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/FGV (2011.3). Passei de primeira!

 

Neste exame, foram aprovados 25.912 candidatos entre 101.936 inscritos em todo o país, o que dá um índice de aprovação de 25,4%. Ou seja, somente pouco mais de ¼ dos candidatos que prestaram a prova, passaram…

 

Foi similar ao resultado do último exame de ordem já concluído (XIV Exame de Ordem): apenas 25,11% de todos os candidatos inscritos poderão exercer a advocacia. Um pouco assustador, não é?

 

Mas o Exame de Ordem não é nenhum bicho de sete cabeças, isso eu garanto! E, neste artigo eu vou compartilhar com vocês, através de dicas pessoais, como me preparei e passei na temida prova da OAB. Ao final trarei uma dica bônus, que, acredito, ajudará muitas pessoas.

 

Dica nº 1 – Estude e faça estágio durante a faculdade

 

Esta dica só é válida se você ainda está frequentando o curso de Direito, obviamente. Eu recomendo a você, de todo o coração, que mantenha uma rotina saudável de estudos durante a faculdade, construindo conhecimento aos poucos e constantemente.

 

Construir conhecimento para passar na OAB

 

O objetivo principal do Exame é “filtrar” apenas bacharéis minimamente preparados para exercer a advocacia. Não é interesse da OAB, nem da sociedade (nem mesmo seu, acredite) que existam advogados despreparados atuando, prejudicando os direitos dos clientes, a imagem da Ordem e a da classe dos Advogados de forma geral.

 

E o estágio, além de ser obrigatório em algumas faculdades, é extremamente útil para ajudar a fixar o conhecimento obtido durante as aulas. E não precisa nem ser um estágio em escritório de advocacia, contanto que você esteja em contato com o Direito na prática.

 

O estágio me ajudou muito durante a faculdade! Parece que acontece um “clique” no cérebro e tudo aquilo que antes era tão distante da sua realidade e meramente hipotético passa a fazer todo o sentido!

 

Dica nº 2 – Não estude na véspera da prova

 

Eu tenho uma regra pessoal de nunca, jamais, estudar NADA na véspera de uma prova grande (vestibulares, concursos e, é claro, a prova da OAB). Então, nunca tente aprender nada de última hora: não vai adiantar e só vai estressar você.

 

No máximo leia alguma ficha de resumo que você preparou durante seus estudos, para recordar. Mas eu não faria nem isso, porque pode ser que você se dê conta de que não sabe algum detalhe (e você nunca saberá tudo, acredite) e isso vai começar uma bola de neve de nervosismo que pode acabar gerando os temidos “brancos” na hora da prova.

 

Dica nº 3 – Tenha ajuda!

 

Esta dica não são todos que precisarão seguir. Muitas pessoas, as mais inteligentes e as mais regradas, conseguirão passar no Exame da OAB sozinhas, sem ajuda de ninguém. Não foi o meu caso…

 

Apesar de ter estudado durante a faculdade, eu estava extremamente insegura quando fui prestar a prova e eu precisei fazer um cursinho preparatório. A matéria a ser estudada era muito extensa e eu precisava de algo para me colocar no caminho certo.

 

Para a primeira fase, eu fiz um cursinho do tipo “reta final” telepresencial, durante apenas três semanas, em uma dessas grandes redes de ensino jurídico.

 

Lembro-me que poucos dias antes da prova houve uma aula especial, durante o dia inteiro. Essa aula contou com a participação de todos os professores e foi ministrada em um teatro. Eu assisti a transmissão ao vivo na unidade da escola da minha cidade. E foi horrível!

 

Os administradores da minha unidade eram péssimos e pouco se importavam com o bem-estar dos alunos. Colocaram um número enorme de alunos em uma salinha minúscula com um ar condicionado ineficiente. Ao final do dia eu estava esgotada! O esforço mental de estudar o dia inteiro, o calor e o pouco oxigênio disponível no ambiente (devido ao grande número de pessoas agrupadas em um ambiente pequeno e fechado), somados, resultaram em uma das piores experiências da minha vida.

 

Cerca de quarenta minutos antes do fim da aula, eu não aguentei… “Joguei a toalha” e fui embora. Não consegui ir para casa, pois estava sem transporte aquele dia. Fui para a casa da minha avó, que ficava a dois quarteirões de distância do cursinho. Cheguei lá, pedi “bença”, tomei uma água, lavei o rosto e deitei no sofá… Dormi por umas três horas! Acordei sem nem saber onde estava, mais ou menos assim:

 

"Que ano é este?"

“Em que ano estamos?”

 

Mas não posso reclamar muito, porque acabou dando certo. Acertei 60 das 80 questões da primeira fase. Claro que isso não foi possível somente devido ao cursinho. Tive o mérito também de ter estudado durante a faculdade.

 

Depois disso, tive um pouco mais de um mês para estudar para a segunda fase. Eu optei por prestar Direito Constitucional e não me arrependi. Adorei aprofundar meus estudos nesta matéria!

 

Como eu havia odiado o cursinho em que eu estudei para a primeira fase (não por demérito do curso em si, mas dos administradores locais), mudei de curso, para outra grande rede de ensino jurídico. Estudei muito, escrevi muita peça à mão e fiz incontáveis exercícios.

 

E deu muito certo. Dessa vez sim, o mérito de eu ter passado foi do cursinho e do meu estudo apenas durante este mês. Porque a faculdade não me preparou EM NADA para a parte prática do Direito (tive uma matéria de prática jurídica bem fraquinha e focada somente no Direito Civil). Eu não fazia a menor ideia nem de como começar a escrever uma petição.

 

Muitas pessoas me perguntam qual cursinho foi melhor, mas eu não gosto de responder isso. Porque todos os que eu conheci são muito bons! O diferencial mesmo é o quanto você estuda e se dedica.

 

4ª Dica (bônus) – Estude em casa!

 

Se você é como eu e prefere o conforto do seu lar para estudar (afinal ninguém merece ser enlatado igual sardinha como aconteceu comigo), gostaria que conhecesse o seguinte material preparado pelo advogado Dr. Bruno Sette: Material Completo para o Exame da OAB  (link patrocinado).

 

O Dr. Bruno está disponibilizando uma planilha gratuita (clique no link para baixar) para auxiliar nos estudos para o Exame de Ordem. Nesta planilha, você pode modificar o número de dias restantes até a data da prova e o número de horas que você pode estudar por dia.

 

Com essas informações, a planilha calcula automaticamente quanto tempo você deve se dedicar a cada matéria e, dentro de cada matéria, quanto tempo deve estudar doutrina, jurisprudência e legislação. É genial! Claro que você deve adaptar isso às suas necessidades, mas é um excelente ponto de partida.

 

Veja a resenha que escrevi sobre este material: Resenha – Material Completo de Estudo para Exame da OAB.

 

Estudar em casa para passar no Exame de Ordem

 

 

Lembre-se:

  • Estude constantemente e faça estágio durante a faculdade;
  • Não estude na véspera da prova;
  • Tenha ajuda!

 

Antes de você ir…

 

Deixe nos comentários a sua experiência com a prova da OAB, como você estudou, quais foram seus medos, como você superou… Vou adorar saber! E, se gostar do texto, compartilhe para me incentivar a continuar produzindo conteúdo.

 

E vamos estudar!

 

FONTES:

http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/05/vi-exame-da-oab-aprovou-ao-menos-um-candidato-de-cada-faculdade.html

http://blog.portalexamedeordem.com.br/blog/2014/10/xiv-exame-de-ordem-aprovou-2511-dos-candidatos-inscritos/

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