Escolha uma Página

Advocacia no YouTube: Conflito Ético ou Estratégia Poderosa?

O Youtube é uma das plataformas mais populares do mundo e a segunda ferramenta de pesquisa mais usada na internet (só perdendo para o Google). Com esse enorme potencial, não dá para o Youtube ficar de fora das suas estratégias de marketing para advogados.

Neste artigo, abordamos quais são as regras da OAB para esse tipo de publicidade e se é possível fazer tráfego pago para impulsionar os vídeos.

Além disso, compartilhamos 7 dicas práticas para advogados no Youtube, com o objetivo de trazer eficiência para todas as etapas de produção do vídeo (roteiro, gravação, edição, postagem e análise de métricas de performance).  

1) Advogado e YouTube: OAB permite Marketing Jurídico em Vídeo?

Para começar a analisar a questão do advogado no YouTube, o primeiro passo é checar se a OAB permite o marketing jurídico nessa plataforma. 

✅ A resposta é sim, isso é possível. Mas é bom entender melhor todas as regras e os limites que existem em relação ao tema, para explorar as oportunidades sem dores de cabeça.

Afinal, ninguém quer ter problemas com a Ordem na hora de buscar as melhores possibilidades da publicidade na advocacia, não é mesmo?

📜 E, para verificar se (e como) o advogado pode usar o YouTube, as normas são as mesmas que já trouxe em outros artigos de marketing jurídico:

  • Provimento n. 205/2021 do CFOAB;
  • Estatuto da Advocacia;
  • Código de Ética e Disciplina da OAB.

De todas elas, a mais atual é o Provimento n. 205/2021, que trouxe as novas regras para a publicidade dos advogados e detalhou as possibilidades do marketing jurídico digital. Além, é claro, dos limites e restrições que devem ser observados.

🤓 O Anexo Único dessa norma permite expressamente que o advogado use o YouTube para publicação de vídeos, lives ou outros recursos, respeitando os limites do Código de Ética e Disciplina e também as demais restrições:

Lives nas redes sociais e YouTube – É permitida a realização de lives nas redes sociais e vídeos no YouTube, desde que seu conteúdo respeite as normas do Código de Ética e Disciplina e do presente provimento.” (g.n.)

Então, a OAB permite o uso do YouTube como ferramenta de marketing, desde que a publicidade na plataforma siga a determinação geral do art. 39 do Código de Ética e Disciplina. Afinal, os vídeos também são uma forma de marketing de conteúdo.

Ou seja, o marketing jurídico feito dessa maneira deve ter caráter apenas informativo, ser discreto, sóbrio e não buscar captação de clientela, nem caracterizar a mercantilização da profissão. 

Tudo o que já aplicado em relação aos limites das outras formas de publicidade também se aplicam aos vídeos de advogados no YouTube!

Ah! É bom tomar cuidado com a LGPD, os dados dos seus clientes e com as restrições gerais das informações pessoais. Como mencionei no artigo sobre se o advogado pode postar sentença, existem detalhes fundamentais quanto a isso, ok? 😉

1.1) Advogado pode impulsionar vídeo no YouTube?

✅ Sim! O advogado pode impulsionar vídeo no YouTube com o objetivo de alavancar as visualizações do conteúdo na plataforma, já que o mesmo Anexo Único do Provimento n. 205/2021 também permite isso. 

Olha só:

“Patrocínio e impulsionamento nas redes sociais – Permitido, desde que não se trate de publicidade contendo oferta de serviços jurídicos.(g.n.)

Com base nessa disposição do Provimento, os advogados podem fazer tráfego pago e patrocinar os vídeos postados no YouTube para ter um alcance maior

O aumento da audiência, com o conteúdo chegando para mais pessoas que usam a plataforma, traz uma maior possibilidade de atrair novos clientes e conseguir mais indicações. 🤗

Só que é importante ter atenção com a limitação desse tipo de impulsionamento: a publicidade não pode conter nenhuma oferta de serviços jurídicos.

Então, o advogado pode, por exemplo, postar um vídeo explicando detalhadamente sobre como funciona a Revisão da Vida Toda, afinal isso tem um caráter informativo. Dá até para patrocinar esse conteúdo e buscar mais visualizações.

❌ O que não pode ser feito é oferecer ou anunciar os serviços do escritório com a RVT, chamando potenciais clientes para captar uma nova contratação. 

Isso seria oferta de serviços jurídicos, o que é expressamente proibido pelas normas da OAB, inclusive o Provimento n. 205/2021. Sem contar que também viola o CED em relação à mercantilização e a captação de clientela.

Daí a relevância de sempre observar o que diz o Código de Ética e Disciplina em relação ao tipo de marketing jurídico, com as suas restrições. Qualquer dúvida, uma consulta aos Tribunais de Ética e Disciplina das seccionais também é uma boa ideia.

Advogado pode ter canal no YouTube?

2) Potencial do YouTube como Ferramenta de Marketing para Advogados

O potencial do YouTube como ferramenta de marketing jurídico é gigantesco e, se explorado corretamente, pode trazer resultados excelentes.😊

A plataforma tem como grande diferencial a possibilidade de disponibilizar para a audiência vídeos mais longos, com explicações detalhadas, recursos gráficos e imagens pertinentes ao assunto. 

E aí está o “pulo do gato”!

Acredito que o vídeo no YouTube ajuda a pessoa a se aproximar mais dos advogados e trazem uma confiança maior.

Como os conteúdos são mais longos e em formatos audiovisuais (imagem + som presentes nos vídeos), a audiência sente que está em uma consulta. A sensação é de estar cara a cara com o profissional. 

Então, ela cria conexão com o advogado, conhece quem está na tela e entende qual é a demanda com mais facilidade. 

Os stories e reels no Instagram também são interessantes, mas tem a diferença de serem bem mais curtos e não trazerem tantas informações como os vídeos no YouTube. E as lives também são uma oportunidade nessa plataforma, que não dá para desconsiderar.

🧐 Inclusive, também penso que para quem quer ter mais visibilidade com o objetivo de conseguir convites para palestras, aulas, cursos e outras situações similares, esse também é um dos melhores caminhos.

Afinal, o advogado no YouTube precisa explorar a didática, a oratória e a articulação nos vídeos, desenvolvendo essas habilidades.

2.1) YouTube: uma poderosa ferramenta de pesquisa

🤓 Ao lado do Google, o YouTube tem ganhado cada vez mais espaço também como uma ferramenta de pesquisa.

“Como assim, Alê?”

Explico: o YouTube foi a segunda rede social mais usada pelos brasileiros no ano de 2023, praticamente empatada com o WhatsApp

E pesquisas indicam que as pessoas têm usado a plataforma para procurar respostas para os seus problemas, consultando vídeos de profissionais trazendo as explicações sobre os questionamentos. 

O que abre uma grande oportunidade para a advocacia, não é mesmo? 🤗

Isso porque os advogados no YouTube podem criar conteúdo voltado para potenciais clientes, criando confiança e autoridade com os vídeos.

Os escritórios de advocacia que entendem e começam a explorar esse caminho com excelência podem alcançar excelentes resultados

Sem falar que há possibilidade de monetizar do canal no YouTube a longo prazo. Porque a audiência na plataforma costuma se engajar e criar um vínculo depois de um certo tempo, aumentando o número de visualizações. 💰

São muitas oportunidades interessantes, que trazem desde novos possíveis clientes, até mesmo a mais recursos financeiros para a advocacia.

Diferentes redes sociais, dificuldade de se expor, falta de engajamento, normas da OAB…

O Marketing Jurídico ainda é um desafio para muitos advogados.

Mas afinal, existe uma fórmula garantida para atrair clientes na internet?

É claro que existe!

Eu compilei todo meu conhecimento de mais de 10 anos trabalhando com marketing jurídico digital e produção de conteúdo jurídico na internet em um guia: o ebook Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online 

Meu objetivo com o livro é ensinar a você uma fórmula garantida para que os clientes encontrem você, sempre respeitando as normas da OAB!

Este ebook traz pra você os 5 Pilares da Prospecção Online

  1. Estratégias para você se destacar online e ser encontrado pelos seus clientes
  2. As novas regras de marketing jurídico da OAB
  3. Marketing Jurídico orgânico: branding, site, SEO, redes sociais, produção de conteúdo, cartão de visitas, WhatsApp, correio eletrônico e mais!
  4. Marketing Jurídico pago: como chegar aos clientes com anúncios de forma ética e eficiente
  5. Tudo o que você precisa para montar e ter sucesso com um escritório de Advocacia digital

👉  Então clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

3) 7 Dicas Práticas para Advogados no YouTube

Agora que você já conferiu que a OAB permite o advogado usar o YouTube e o potencial desta plataforma para a advocacia, vamos às 7 dicas práticas que resolvi trazer para nossos leitores! 

Afinal, eu sei que é comum ter dúvidas sobre como usar todos os recursos e também em relação a produzir um conteúdo interessante no formato de vídeo, especialmente no meio de todas as tarefas cotidianas. 🤔

Então, fica de olho nessas dicas, porque elas podem lhe ajudar bastante! 

3.1) Tenha um roteiro e fale sobre as demandas que são alvo de prospecção

📝 A primeira dica que posso passar para você em relação ao advogado no YouTube é ter um roteiro para a produção de conteúdo e falar somente sobre as demandas para as quais você quer atrair clientes. 

Ou seja, é importante se preparar para a gravação do vídeo e ter uma boa noção do que a sua audiência quer, inclusive em termos de formato.

“Como assim, Alê?”

O carro-chefe do YouTube são os vídeos, mas também existe o formato de shorts (que são pequenos vídeos, parecidos com os reels do Instagram) e as lives, que são transmissões ao vivo. 🤓

Em qualquer formato, é fundamental ter um roteiro para se orientar e direcionar a gravação do vídeo, com uma “listinha” do que precisa ser dito, de momentos para mostrar imagens, animações etc. 

Tudo isso transforma a qualidade dos vídeos, além de trazer agilidade para a gravação e edição.

E, assim como no marketing de conteúdo jurídico, quanto melhor forem seus vídeos no YouTube, maior é a chance de criar uma boa impressão, assumindo uma posição de autoridade no assunto.

Aí entra a segunda parte da primeira dica…

🧐 Como mencionei em outros artigos sobre a publicidade na advocacia, você deve produzir conteúdos que sejam do interesse da sua audiência e voltados para os potenciais clientes.

Então, é interessante saber as demandas que são alvos de prospecção na sua área de atuação e que são interessantes para o seu escritório. 

Por exemplo, como a Revisão da Vida Toda está para ter seus embargos de declaração julgados, o pessoal da advocacia previdenciária pode abordar esse assunto.

Inclusive, o vídeo pode até ser enviado pelo advogado quando o cliente entra em contato com o escritório perguntado sobre a ação. 😉

Enfim, sei que essa dica pode parecer básica (e até meio óbvia). Mas já vi muito colega investindo tempo na gravação de vídeos sobre demandas que não são tão interessantes para o escritório, apenas para comentar um assunto que está em alta.

Por isso, antes de produzir os vídeos, analise:

  • Os temas que fazem sentido para sua área
  • As causas que têm maior potencial de honorários
  • Quais as maiores dúvidas do seu público sobre aquele assunto
  • A estratégia de prospecção de clientes do seu escritório

Tendo esses 4 pontos em mente, garanto que os vídeos vão performar melhor e render resultados bem mais interessantes para você! 

3.2) Estude SEO para potencializar o alcance

🤓 Outra dica que não pode passar batida é a de estudar o SEO (search engine optimization) para potencializar o alcance do seu canal e dos seus vídeos no YouTube.

Com um bom estudo de otimização para os motores de busca, você consegue direcionar o seu conteúdo para que ele seja entregue para o maior número possível de usuários da plataforma na hora da pesquisa. 

Sem contar na possibilidade de mais pessoas com o perfil dos clientes que você procura visualizarem os vídeos.

👉🏻 Por esse motivo, é fundamental estudar o SEO e ter uma atenção especial em relação aos seguintes pontos:

  • Palavras-chave (para falar sobre os temas relevantes e que as pessoas procuram);
  • Títulos (atrativos, de preferência incluindo a palavra-chave principal no início);
  • Descrição (vem embaixo do vídeo, com uma explicação do conteúdo e outras informações de relevância);
  • Tags (funcionam com “etiquetas”, também é interessante colocar a palavra-chave entre elas);
  • Legendas (interessante adicionar as legendas do próprio YouTube nos vídeos, para dar mais detalhes e opções de tradução).

Com uma boa análise da otimização de mecanismos de busca, a chance de ter mais sucesso na publicação de vídeos no YouTube aumenta. Mas a qualidade, um bom roteiro e bons equipamentos são também muito importantes.

E justamente sobre isso vou falar agora!

3.3) Invista em equipamentos básicos de gravação

🧐 Não dá para negar, a qualidade visual e de áudio é um fator que impacta no tempo de permanência da pessoa no vídeo. Por isso, vale a pena investir em equipamentos básicos de gravação. 

Por mais que em determinados momentos a situação financeira não seja tão confortável para fazer isso, comprar algumas coisas faz parte da estratégia de estar no YouTube. Recomendo, pelo menos:

  • Um celular que consiga gravar vídeos com uma qualidade legal; 
  • Microfone para captação de som;
  • Ring light (iluminação).

🤔 “Alê, mas eu preciso de tudo isso?”

Olha, você não precisa pegar tudo de última geração ou investir nos equipamentos mais caros disponíveis.

Acontece que é muito importante ter uma boa qualidade de imagem e som nos vídeos para YouTube, porque isso passa também uma sensação de profissionalismo, de autoridade para a audiência.

Não é necessário comprar o melhor celular ou o microfone mais caro, mas uma pesquisa rápida já indica um smartphone, fones e demais ferramentas boas, com preço razoável. 🤗

Com bons estudos, um conteúdo de qualidade e equipamentos bons para a parte técnica, o advogado se sai bem no YouTube. 

Ah! Importante lembrar do cenário para os vídeos.

O lugar das gravações também deve ser um ambiente compatível com o tema do vídeo e com a advocacia em geral. Não precisa de grandes investimentos, mas um cuidado nessa parte ajuda no contexto, criando ainda mais confiança e um ar de autoridade.

3.4) Reserve 1 dia do mês para gravar os vídeos

🗓️ Sei que um dos maiores desafios da advocacia é o tempo para as atividades, o que muitas vezes deixa o marketing jurídico em segundo plano. Afinal, as tarefas cotidianas, como petições, atendimentos e diligências, podem tomar todo o dia de trabalho, não é?

É realmente desafiador fazer marketing jurídico estando sobrecarregados com a advocacia, mas é possível!

Por esse motivo, a minha próxima dica é justamente pensando na realidade do advogado!

Sugiro que você reserve pelo menos 1 dia do mês para gravar os vídeos para o YouTube, concentrando toda a produção de conteúdo naquele momento.

Como a publicação no seu canal não vai ser todo dia, mas algumas vezes por semana ou por mês, dá para fazer isso. Inclusive aproveitando os dias em que a agenda está mais tranquila. 😊

Organizar um calendário, com as datas de produção de roteiro, gravação, edição e postagem também é uma boa ideia. 

Deixar as datas de postagem dos vídeos, com os assuntos e estratégias de divulgação previamente organizadas é fundamental para uma boa execução da estratégia da sua publicidade no YouTube.

Assim você sabe exatamente o que publicar e quando publicar, aumentando as chances de seguir o planejamento corretamente.😉

A produção de roteiros também entra nessa programação, porque permite deixar o caminho da produção de conteúdo em vídeos para o YouTube muito melhor, mais eficiente e tranquila.

Além disso, com o material produzido de forma organizada, é possível fazer uma edição com mais calma. Justamente aí é que entra a próxima dica…

3.5) Uma boa edição é tudo!

⚠️ Não adianta: para o advogado usar o YouTube e ter bons resultados, os vídeos precisam de uma boa edição.

O que acontece é que dificilmente o conteúdo vai ficar pronto, com boa qualidade e sem erros (pequenos ou significativos) sem que ele seja editado por alguém.

👉🏻 Com uma boa edição, é possível:

  • Corrigir pequenos problemas de som;
  • Adequar a iluminação;
  • Editar algumas falas para o raciocínio ficar mais claro;
  • Inserir elementos gráficos (imagens, animações, etc);
  • Entre outros.

Existem algumas ferramentas de edição muito boas no mercado, em especial versões gratuitas e pagas, que permitem ao advogado editar sozinho os vídeos produzidos.

“Alê, mas não quero ou não tenho tempo para fazer isso, como ficam as coisas?”

Aí você pode investir em contratar um editor, seja ele um freelancer (em plataformas como o Workana ou similares) ou até mesmo uma agência de mídias digitais. 😉

Tudo depende da sua situação, da estratégia de marketing jurídico e de quanto você quer (ou pode) investir.

3.6) Faça cortes dos vídeos para shorts e outras redes sociais

Na sequência, tem uma dica que ajuda demais na hora de alimentar suas redes sociais e aumentar a possibilidade de visualizações dentro do próprio YouTube: faça cortes dos seus vídeos.

Com isso, você publica mais conteúdo e deixa o seu alcance muito maior, com uma simples atitude de aproveitar um vídeo já postado para várias plataformas. 😍

Imagine o seguinte: você produziu um conteúdo sobre a aposentadoria por idade híbrida e postou no seu canal do YouTube. Dá para cortar esse material e aproveitar em uma postagem sobre os requisitos do benefício em outras plataformas, como:

  • Instagram;
  • Facebook;
  • YouTube (Shorts);
  • Entre outros.

Dá até para aproveitar as ideias em outros formatos, transformando os vídeos em publicações estáticas, até mesmo no LinkedIn.

Isso ajuda tanto a melhorar as frequências de postagens em diversas redes sociais, como também a otimizar o seu tempo. Afinal, um mesmo vídeo pode ser aproveitado em diferentes plataformas.

🧐 Ah! O mesmo vale para lives, que podem ser salvas e editadas em pequenos trechos, para usar em outros lugares.

3.7) Analise as métricas e recalcule a rota

A última dica do artigo de hoje é uma sugestão que já apareceu outras vezes quando o assunto é a produção de material para marketing jurídico: analise as métricas do seu canal de advogado no YouTube e, se preciso for, recalcule a sua rota na plataforma.

🤓 Em um mundo ideal, a sua estratégia de publicidade dá certo desde o início e não é necessário fazer ajustes. Mas isso é extremamente raro, porque as coisas mudam muito rapidamente e é natural ter que adequar algumas questões nos seus vídeos.

Para saber se você está no caminho certo, além dos comentários nas publicações, é importante ficar de olho nessas métricas:

  • CTR (click-through-rate): porcentagem de cliques sobre as impressões do seu vídeo. Basicamente é uma taxa de quantos usuários clicaram nos seus vídeos quando viram a thumbnail (capa) com o título;
  • AVD (average view duration): tempo de visualização médio da sua audiência no YouTube, obtido ao dividir o tempo total das visualizações pelo número de vezes que o vídeo foi iniciado;
  • AVP (average view percentage): porcentagem de visualizações média do seu vídeo, que permite entender melhor se você está conseguindo manter as pessoas ligadas ao seu conteúdo;
  • Watchtime (tempo de tela): tempo que as pessoas passaram assistindo os seus vídeos depois de clicarem na publicação. Essa é uma das métricas mais relevantes para a plataforma, porque quanto maior o Watchtime, mais o YouTube costuma distribuir os seus vídeos para outras pessoas.

Existem outras informações relevantes, como o número de likes, as interações em lives ou shorts, mas com essas, já dá para fazer uma boa análise, identificar se você está no caminho certo ou precisa corrigir a rota. 🧐

4) Conclusão

Quando o advogado usa o YouTube, ele abre mais uma porta para as estratégias de marketing jurídico, levando a um caminho que pode ser muito interessante em termos de resultados.

Afinal, as redes sociais têm a sua importância no engajamento, no seu alcance e em construir uma figura de presença no mundo digital. Mas os vídeos mais longos não costumam ser compatíveis com essas plataformas.

🤓 Por esse motivo, escrevi o artigo de hoje e comecei falando para você que a OAB permite o marketing jurídico em vídeo, com o YouTube também sendo permitido pelas normas.

Na sequência, mostrei que esse tipo de publicidade tem um grande potencial para os advogados, permitindo oportunidades de publicações de conteúdos e prospecção de clientela, já que muitas pessoas usam a plataforma.

Para encerrar, fiz uma listinha com 7 dicas práticas para advogados no YouTube, como a importância do roteiro, de calendários, de falar sobre as demandas de interesse, estudo do SEO, investimentos em equipamentos e programação para produção de vídeos. 🤗

A relevância de uma boa edição, a possibilidade de fazer cortes para aproveitar em outras redes sociais e a análise de métricas também entram nessas sugestões.

Tudo isso para lhe ajudar na sua advocacia, especialmente em relação às oportunidades do marketing jurídico!

E não esqueça de conferir o ebook  Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online.

👉  Clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

Fontes

Veja as fontes utilizadas na elaboração deste artigo na publicação original no blog: Advocacia no YouTube: Conflito Ético ou Estratégia Poderosa?

Desvendando o Tráfego Pago para Advogados: Normas da OAB e Dicas Práticas

Será que a OAB permite o uso de tráfego pago para advogado? 

Neste artigo, explicamos o que é tráfego pago, o que dizem as normas da Ordem sobre o tema (com destaque para Provimento n. 205/2021) e porque vale a pena incluir isso nas estratégias de marketing dos escritórios. 

Também mostramos outras possibilidades de tráfego que os advogados podem explorar (orgânico, de referência, direto, social, email marketing) e compartilhamos 4 dicas práticas para você ter melhores resultados com o tráfego pago.  

1) Tráfego Pago para Advogado e as Normas da OAB

🧐 Na era do marketing digital, o tráfego pago para advogado é fundamental para a publicidade dos escritórios e deve ser levado em conta na elaboração das estratégias.

Essa forma de atrair mais pessoas para as páginas dos advogados na internet é um dos maiores trunfos atualmente, porque permite ampliar a visualização do site ou perfil na rede social. 

E mais acessos significam mais possibilidade de conseguir novos clientes.

“Como assim, Alê?”

Dentro de uma realidade em que as normas da OAB sobre publicidade são tão rígidas, sempre digo que é muito importante explorar todas as opções permitidas.

🤓 O tráfego pago, em que o advogado paga para ter uma divulgação maior de anúncios do site do escritório ou do perfil da advocacia nas redes sociais, é uma dessas possibilidades.   

O Provimento n. 205/2021 da OAB expressamente permite o uso de anúncios pagos, impulsionamento e formas de publicidade ativa. Confira o que dizem o art. 2º, inciso VI, o art. 4º e o Anexo Único: 

“Art. 2º Para fins deste provimento devem ser observados os seguintes conceitos

VI – Publicidade ativa: divulgação capaz de atingir número indeterminado de pessoas, mesmo que elas não tenham buscado informações acerca do anunciante ou dos temas anunciados;

Art. 4º No marketing de conteúdos jurídicos poderá ser utilizada a publicidade ativa ou passiva, desde que não esteja incutida a mercantilização, a captação de clientela ou o emprego excessivo de recursos financeiros, sendo admitida a utilização de anúncios, pagos ou não, nos meios de comunicação, exceto nos meios vedados pelo art. 40 do Código de Ética e Disciplina e desde que respeitados os limites impostos pelo inciso V do mesmo artigo e pelo Anexo Único deste provimento.

Anexo Único – Patrocínio e impulsionamento nas redes sociais: Permitido, desde que não se trate de publicidade contendo oferta de serviços jurídicos. ” (g.n.)

Portanto, levando em consideração o conteúdo do Provimento n. 205/2021, o tráfego pago para advogado é possível, desde que observe as demais normas da OAB sobre publicidade, respeite as restrições e não tenha uso excessivo de recursos financeiros. ✅

Mas, cuidado!

Mesmo esse tipo de marketing jurídico precisa de atenção quanto a forma, porque os anúncios que direcionarão as pessoas para a página ou perfil devem respeitar os limites éticos da Ordem (do contrário, você pode ter uma grande dor de cabeça com o TED).

Ou seja, o tráfego pago para advogado deve ser também pensado de forma sóbria, informativa e sem viés de mercantilização da profissão ou captação de clientela.

Com uma estratégia bem elaborada e respeitando as normas da OAB, dá para obter ótimos resultados sem ter problemas com os Tribunais de Ética. 😉

tráfego pago para advogado

2) O que é tráfego e por que ele é importante para site de advogado?

De uma forma simplificada, o tráfego na internet é a quantidade de pessoas que acessam as páginas online (sites, blogs, redes sociais etc.). 

🤓 Mesmo com a informação que o tráfego pago é permitido pela Ordem e pode ser uma ótima ferramenta na publicidade, é interessante também conhecer o conceito como um todo. 

Uma analogia ajuda a entender esse conceito bem fácil, quer ver só?

👉🏻 No “mundo físico”, quando falamos de tráfego, ficamos com a ideia do número de pessoas (ou carros) que passam por um certo lugar. 

Em relação ao “mundo digital”, é só seguir o mesmo raciocínio, mas adequando esse fluxo para a internet. Ou seja, o tráfego nesse caso é a quantidade de acessos nas páginas ou quantas visitas o site, blog ou perfil recebeu.

🤔 “Certo Alê, mas por que isso é tão importante para o advogado?”

Pelo seguinte motivo: a estratégia de marketing jurídico pode ser a melhor do mundo em termos de produção de conteúdo, mas nada adianta se esse material não for visto.

E como é que você pode descobrir se suas postagens estão ou não sendo acessadas? Por meio da análise de tráfego.

Analisar os números de visualizações das suas páginas e perfis nas redes sociais é fundamental para entender se o que você publica tem alcançado o número de pessoas desejadas, com os resultados esperados. 📝

É essa análise de dados de tráfego que permite descobrir se a estratégia digital está sendo bem sucedida ou se precisa ser adequada.

2.1) O tráfego é o termômetro das suas páginas na internet

🌡️ Outra analogia que gosto de fazer é que o tráfego é o termômetro das suas páginas na internet. E ele precisa ser considerado na condução da sua publicidade da advocacia. 

Explico: quando um advogado investe na criação de um site ou um perfil em redes sociais, a intenção é construir uma imagem profissional sólida, ficar de olho nas novas tendências no mundo digital e, principalmente, ser visto pelos potenciais novos clientes!

Então, um dos grandes objetivos do marketing jurídico digital é disponibilizar o conteúdo para o maior número de pessoas possível

Isso significa que quanto mais tráfego, mais acessos, melhores são as chances de prospecção de novos clientes e sucesso na estratégia de publicidade. 😉

“E como vou saber se estou no caminho certo?”

Analisando os dados dos acessos nas suas páginas, como mencionei no tópico anterior. É por meio dessa análise de tráfego que você pode “medir a temperatura” e verificar se o site ou perfil está sendo acessado como o desejado.

🧐 Considere, inclusive, a possibilidade de contratar um gestor de tráfego, figura que auxilia nas tarefas relacionadas a esse assunto. 

Esse profissional não apenas monitora os resultados, como também fica responsável pelo planejamento e investimento em anúncios pagos, quando for o caso.

Ah! E é natural que em algum momento seja necessário fazer pequenas correções na rota da sua estratégia, com mais investimentos em tráfego pago ou nas formas de divulgação.

Mas, isso é melhor que desanimar com baixos números de visitas no site que foi fruto de tanto trabalho, tempo e dinheiro, não é mesmo? 🤗

Diferentes redes sociais, dificuldade de se expor, falta de engajamento, normas da OAB…

O Marketing Jurídico ainda é um desafio para muitos advogados.

Mas afinal, existe uma fórmula garantida para atrair clientes na internet?

É claro que existe!

Eu compilei todo meu conhecimento de mais de 10 anos trabalhando com marketing jurídico digital e produção de conteúdo jurídico na internet em um guia: o ebook Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online 

Meu objetivo com o livro é ensinar a você uma fórmula garantida para que os clientes encontrem você, sempre respeitando as normas da OAB!

Este ebook traz pra você os 5 Pilares da Prospecção Online

  1. Estratégias para você se destacar online e ser encontrado pelos seus clientes
  2. As novas regras de marketing jurídico da OAB
  3. Marketing Jurídico orgânico: branding, site, SEO, redes sociais, produção de conteúdo, cartão de visitas, WhatsApp, correio eletrônico e mais!
  4. Marketing Jurídico pago: como chegar aos clientes com anúncios de forma ética e eficiente
  5. Tudo o que você precisa para montar e ter sucesso com um escritório de Advocacia digital

👉  Então clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

2.2) Tráfego pago não salva conteúdo ruim

O advogado precisa observar a quantidade de acessos nas páginas para entender se pode manter a sua estratégia ou se deve fazer alterações na sua publicidade.

Acontece que pensar no tráfego pago como a solução de todos os problemas para o marketing jurídico e a conversão de visitantes no site/perfil em clientes é um equívoco que não deve ser cometido.

🧐 Vamos entender!

Investir em anúncios para gerar tráfego pago, com mais acessos nas páginas, significa que um número maior de pessoas vão ser direcionadas até o seu conteúdo ou informações.

O que é uma boa notícia se o seu site tem um material de qualidade, mas pode ter o efeito inverso se a realidade for outra…

Se a qualidade do site, do perfil e das publicações não for a desejada pelo público-alvo, o retorno pode ser negativo. Quem acessar não vai nem ficar interessado no trabalho e, se tiver um comentário, ainda não será uma fala positiva.

Então, fique de olho: o tráfego pago é um recurso interessante para impulsionar as suas páginas, mas não vai salvar (sozinho) um conteúdo não tão bom, ok? 😊 

3) Outros tipos de tráfego e as normas éticas da OAB

Até aqui, você viu a definição de tráfego pago para advogado e a importância da análise dos acessos. Só que existem outros tipos de tráfego que também precisam ser considerados na estratégia de marketing jurídico.

Afinal, nem todo mundo quer ou pode investir em anúncios patrocinados para atrair mais pessoas para as páginas.

Então, conhecer as alternativas permitidas pela Ordem é interessante para analisar as possibilidades que melhor se enquadram no seu caso.

🤓 Para lhe ajudar nessa tarefa, vou listar nesse tópico os 5 principais tipos de tráfego (além do pago) que os advogados podem usar para otimizar acessos nas suas páginas na internet, como os sites, blogs ou redes sociais.

Ah! Já adianto que não importa qual é o tipo, todos eles devem seguir os limites éticos da OAB em relação à publicidade na advocacia. 

Por isso, nada de utilizar meios vedados pelo Código de Ética e Disciplina, como televisão ou rádio. Também, fique longe de expressões persuasivas, autopromoção, divulgação de valores e qualquer outra atitude que viole as normas da Ordem, ok?

👉🏻 Qualquer dúvida, consulte:

  • Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei n. 8.906/1994);
  • Código de Ética e Disciplina da OAB (Resolução n. 2/2015);
  • Provimento n. 205/2021 do CFOAB;
  • Os Tribunais de Ética e Disciplina das seccionais.

Feita essa ressalva, vamos aos diferentes tipos de tráfego!

3.1) Tráfego orgânico

🤓 O tráfego orgânico é o acesso de pessoas que chegam até as páginas da advocacia de maneira natural, orgânica. Esse tipo de visita acontece sem o investimento em anúncios pagos ou campanhas de publicidade para divulgação do site, rede social etc.

“Alê, e como isso acontece na prática?”

A forma mais comum são os resultados orgânicos em mecanismos de busca como o Google, Bing, Yahoo, entre outros.

Ou seja, a pessoa pesquisa algum termo que procura e clica no resultado que achar mais interessante/pertinente. 😊

Lembrando que os primeiros resultados nas ferramentas de busca normalmente são anúncios patrocinados, o que é uma forma de tráfego pago.

Já em relação aos orgânicos, eles são considerados como uma estratégia de marketing de atenção (conhecido pelo termo inbound marketing), com o objetivo de converter naturalmente os clientes atraídos pelos conteúdos relevantes publicados nas páginas.

Por falar nisso…

📝 O marketing de conteúdo é uma das formas de publicidade na advocacia que mais explora o tráfego orgânico. 

Afinal, essa estratégia traz conteúdos inteligentes para atrair o público-alvo, com soluções para as dores das pessoas que pesquisam nas ferramentas de busca. Assim, construindo confiança e autoridade na internet.

Ah! Vale a pena lembrar que o marketing de conteúdo é permitido e pode ser usado sem problemas pelos advogados, desde que dentro das normas éticas da OAB sobre publicidade.

Está gostando do artigo? Clique aqui e entre no nosso grupo do Telegram! Lá costumo conversar com os leitores sobre cada artigo publicado. 😊

3.2) Tráfego de referência

O tráfego de referência é o uso de outras publicações (suas ou de outras pessoas) como referências em seus conteúdos, materiais e posts, com a disponibilização de links para acesso.

🤔 “Ué, Alê, como assim?” 

Sabe quando você está lendo um artigo aqui do Desmistificando e vê um link em certas palavras, frases ou nas fontes no final? Então, isso é uma espécie de tráfego de referência.

Eu costumo linkar outros conteúdos que já escrevi ao longo do texto, em lugares que fazem sentido para consulta. Além disso, também trago nas fontes publicações e materiais de consulta.

🤓 Não existe uma regra específica para o tráfego de referência nas normas da OAB, mas também não há nenhuma proibição, respeitados os limites.

Ou seja, você pode usar ele dentro do seu próprio site ou no seu perfil nas redes sociais para enriquecer o conteúdo e até gerar mais acessos.

Por exemplo, em um artigo sobre a aposentadoria por idade rural, você pode colocar links para outros artigos do mesmo assunto, de qualidade de segurado, segurado especial, entre outros temas relacionados. 👩🏻‍🌾👨🏻‍🌾

Com essa atitude, você melhora a experiência do leitor, que consegue acessar facilmente outras publicações no seu site (aumentando o tráfego) ou consultar as fontes pertinentes.

Outra possibilidade interessante são parcerias com colegas, empresas ou ferramentas, que agregam mais informações relevantes e aumentam a visibilidade. 

Isso é bem interessante, em especial no mundo digital, em que a internet favorece as interações entre as pessoas e permite uma maior integração. 

Eu fico muito feliz em divulgar o trabalho de colegas e também adoro ser citada nos artigos deles! 😍

3.3) Tráfego direto

O tráfego direto é aquele em que a pessoa digita o endereço da página direto no navegador, sem fazer a pesquisa por mecanismos de busca. Outra possibilidade é deixar o site ou perfil salvo nos favoritos.

Esse é considerado como o tráfego dos sonhos, já que as publicações fidelizaram a pessoa de uma forma tal que ela já tem o costume de procurar as informações naquele lugar. 😊

Como o tráfego direto depende só do visitante, sem necessidade de qualquer atitude do advogado, não acredito que ele dependa de qualquer regulamentação pela OAB.

Até por isso, a Ordem não tem nenhuma manifestação significativa ou norma específica sobre o assunto. 

Esse tipo de tráfego direto apenas existe, independente de um investimento em tráfego pago em anúncios ou não.

🤔 “Alê, tem alguma forma de conseguir essa fidelização do leitor para alcançar o tráfego direto?”

Olha, não há uma receita de bolo para fazer isso. Mas, para alcançar o objetivo de fidelizar quem acessa suas páginas, é legal seguir algumas etapas.

A produção de um conteúdo relevante e de qualidade para tráfego orgânico em conjunto com investimentos (quando necessário e pertinente) em anúncios patrocinados contribui para chegar até o tráfego direto.

Para se destacar, o branding jurídico também é um ponto que, se bem desenvolvido, ajuda na fidelização. 😉

Mas, o caminho não é linear e, como disse antes, pode ser preciso acertar algumas arestas para adequar a estratégia até chegar no tráfego direto.

3.4) Tráfego social

O tráfego social é o que usa as redes sociais para divulgar o seu conteúdo e atrair as pessoas para o seu site ou blog. 

Nesse caso, quem visita o seu perfil em alguma rede social (Facebook, Instagram, LinkedIn e até o YouTube) tem acesso a um link para ir até a página que você deseja. O que é uma possibilidade bastante interessante de aproveitar ao máximo suas postagens. 🤗

O Anexo Único do Provimento n. 205/2021 determina que é permitido o uso de redes sociais pelo advogado, com respeito às normas éticas da Ordem.

E a chance de aproveitar essas plataformas para o tráfego social é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada, viu? 🧐

As redes sociais são uma ótima alternativa para direcionar mais pessoas até as suas páginas, turbinando os acessos e aumentando a chance de conquistar mais clientes com o redirecionamento.

Essa forma de prospecção pode ser ainda potencializada com o uso do tráfego pago para advogados, com patrocínio ou impulsionamento. 💰

Mas, ainda que seu marketing seja mais voltado para a forma orgânica, dá para ter bons resultados com as redes sociais direcionando visitantes para as suas páginas como sites ou blogs.

É por isso que eu sugiro que, mesmo que você não consiga investir muito na construção ou aperfeiçoamento de um site, dá para aproveitar o Facebook, Instagram ou LinkedIn para publicar os seus conteúdos!

3.5) Tráfego de email marketing

📝 O último tipo de tráfego do artigo é o de e-mail marketing. Trata-se de uma estratégia de marketing digital que utiliza o envio de e-mails para pessoas certas e determinadas, com conteúdos de interesse.

Os destinatários desse tipo de comunicação precisam de um cuidado especial, porque o Provimento n. 205/2021 do CFOAB permite o envio dessa forma de publicidade só para:

  • Quem já é cliente;
  • Pessoas do relacionamento pessoal;
  • Colegas advogados;
  • Quem já solicitou ou autorizou antes.

Fora dessas hipóteses, o envio de qualquer tipo de mensagem é considerado como captação de clientela e viola as normas éticas da OAB. 😕

Mas, respeitando os limites éticos e observando as regras sobre publicidade, o tráfego de e-mail marketing é uma ótima ferramenta para aumentar os acessos nas suas páginas.

Inclusive, uma das maneira de fazer isso é por meio das newsletters, com indicações de conteúdos do interesse das pessoas que solicitaram a comunicação previamente.

🤔 “Alê, mas como o e-mail marketing vai gerar tráfego para minhas páginas?”

Simples! Você divulga o seu site, blog ou rede social com o conteúdo dos e-mails enviados para os destinatários permitidos pela OAB.

Assim, as pessoas têm acesso a links para suas publicações e páginas nessas comunicações.

Só é bom tomar cuidado para não violar as normas éticas, enviando e-mails para quem não pode ou caracterizando uma mercantilização da advocacia. 

Conferir as regras da OAB, como o próprio Provimento n. 205/2021, o Código de Ética e Disciplina e os TEDs das seccionais é uma atitude interessante para evitar problemas. 😉

4) Dicas de Tráfego Pago para Advogados

Depois de todas essas informações, chegou a hora de passar algumas dicas de tráfego pago para advogados

Antes de falar sobre elas, quero destacar que essas sugestões precisam ser analisadas de acordo com a sua realidade (nem todas vão fazer sentido para você e não tem problema nenhum em deixar de lado). 

⚠️ Outro ponto relevante: você não precisa investir dinheiro nessa forma de publicidade se não puder, não quiser ou não achar interessante.

O tráfego pago para advogado é apenas uma alternativa e uma possibilidade de aproveitar mais o marketing na advocacia. Então, considere isso, ok?

4.1) Conheça as necessidades do seu público-alvo

🤓 Para direcionar seus investimentos em tráfego pago, é fundamental conhecer as necessidades do seu público-alvo e entender as dores desse grupo. Dessa forma, dá para “acertar na mosca” na hora de produzir e impulsionar o conteúdo.

Em relação a isso, uma boa análise de dados, acompanhamento de comentários, interações nas redes sociais e atenção com os leitores é indispensável.

Assim, você não apenas conhece para quem está produzindo o conteúdo e quer trazer para o seu site/perfil, mas também sabe o que essa pessoa quer consumir na internet.

Essas informações valem ouro porque são esses dados que devem ser usados para direcionar seus esforços e investimentos em tráfego pago. 💰

4.2) Capriche nos anúncios patrocinados

Cada anúncio patrocinado nas ferramentas de busca custa dinheiro e, por esse motivo, deve ser sempre pensado da melhor forma possível.

🧐 Caprichar no tráfego pago, seja na própria forma de anunciar, seja no conteúdo direcionado pelos links, é fundamental para ter sucesso e aproveitar ao máximo o investimento. Afinal, ninguém quer gastar à toa, não é mesmo?

Ah! Isso não quer dizer que você deve negligenciar as visitas orgânicas ou as publicações sem impulsionamento.

A dica é no sentido de dar uma atenção maior ao que custará seu dinheiro e terá um alcance muito maior.

4.3) Use técnicas de conversão com base no seu público-alvo

🤓 Por mais que os anúncios patrocinados entreguem a mensagem que você deseja para ter mais visitantes na sua página ou perfil nas redes sociais, por si só eles não fazem milagres.

O conteúdo também é importante, como mencionei nos tópicos anteriores!

Então, a qualidade, a veracidade e a produção de materiais de interesse do público-alvo precisam estar presentes para uma conversão satisfatória.

Ou seja, o cuidado com o tráfego pago para advogados e o conteúdo das páginas que vão aparecer nos anúncios é necessário não só para atingir mais pessoas, mas para transformá-las em clientes.

Conhecer o que seu público-alvo quer permite utilizar técnicas de conversão específicas, personalizadas. Isso significa uma maior chance de sucesso na construção de confiança e autoridade. 🤗

Somando isso com um alcance maior das suas publicações com tráfego pago, temos uma ótima receita para novas contratações e bons honorários em consequência. 

Antes da última dica, quero deixar aqui uma sugestão de um artigo que publiquei recentemente sobre o cartão de visita digital dos advogados.

Ele está cheio de dicas para você implementar na sua advocacia, além das explicações sobre os limites éticos e exemplos práticos. Dá uma olhada depois, porque vale bastante a pena, viu? 😉

4.4) Elabore uma estratégia para otimizar o tráfego pago

O tráfego pago deve ser uma parte na sua estratégia de marketing jurídico, e não o único recurso para ter mais visitantes ou visualizações nas suas páginas. Então, elaborar um plano para esse impulsionamento é uma dica que deve ser considerada.

“Como assim, Alê?”

🧐 Primeiramente, não vai dar para investir em anúncios pagos de todos os seus posts ou publicações. É necessário analisar e dar prioridade aos que têm mais chance de atingir em cheio o seu público-alvo.

Por exemplo, um artigo sobre a Reforma da Previdência na época em que a EC n. 103/2019 estava entrando em vigência tinha um enorme potencial de tráfego pago em relação aos segurados do RGPS, de olho nas mudanças nos benefícios.

Depois disso, a Revisão da Vida Toda surgiu com força no meio jurídico e deixou os beneficiários ansiosos por boas notícias. Outro tema quente para impulsionamento.

Definidas as prioridades de investimentos em publicações no tráfego pago, o próximo passo é aproveitar esses anúncios para alavancar também os seus outros conteúdos.

Como? Com o uso dos tráfegos de referência e social, usando as linkagens em conjunto com as redes sociais para direcionar os leitores para outros artigos ou publicações que não estão sendo patrocinados. 🤓

Dessa forma, você consegue até mesmo fidelizar os visitantes que gostarem do seu conteúdo, gerando tráfego direto. Show, né?

Mas, mesmo que apenas algumas dessas etapas sejam executadas, é importante pensar e aplicar o tráfego pago dentro de uma estratégia maior, não de forma isolada! 

5) Advogado pode fazer tráfego pago?

✅ Sim, o advogado pode fazer tráfego pago conforme as regras da OAB, em específico o Provimento n. 205/2021, que autoriza o patrocínio e o impulsionamento das redes sociais, além da publicidade ativa com anúncios pagos.

Isso traz um enorme leque de possibilidades de expansão das estratégias de marketing jurídico. Mas, também gera dúvidas sobre os limites e o que fazer para ter os melhores resultados.

Pensando nisso, decidi escrever o artigo de hoje. Comecei analisando o tráfego pago para advogados conforme as normas da OAB, onde mostrei para você as regras que permitem o uso dessa forma de publicidade e as restrições presentes. 

🤓 Na sequência, expliquei o que é tráfego e o motivo dele ser importante para site de advogado. Falei para que ele é o termômetro das páginas, mas não é a solução de todos os problemas.

Depois, mostrei os outros tipos de tráfego (tráfegos orgânico, de referência, direto, social e e-mail marketing) e as normas éticas da OAB sobre eles. 

Para encerrar, compartilhei 4 dicas de tráfego pago para advogados, para lhe ajudar a aplicar mais essas possibilidades na sua estratégia de marketing jurídico, impulsionando suas páginas e publicações. 🤗

Com tudo isso, espero ter lhe auxiliado a entender que o tráfego pago não é um “bicho de 7 cabeças” e pode trazer excelentes resultados para os escritórios!  

E não esqueça de conferir o ebook  Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online.

👉  Clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

Fontes

Veja as fontes utilizadas na elaboração deste artigo na publicação original no blog: Desvendando o Tráfego Pago para Advogados: Normas da OAB e Dicas Práticas

Desperte o Interesse dos Clientes com o Marketing de Conteúdo Jurídico

Resumo

O marketing de conteúdo jurídico é uma poderosa ferramenta de publicidade advocatícia, que inclusive é permitida e até mesmo incentivada pela OAB. Nesse artigo, explicamos o que é esse tipo de marketing, quais são as vantagens para os escritórios que publicam conteúdos interessantes com frequência e como produzir conteúdos que chamem a atenção do seu público-alvo. Também compartilhamos 7 dicas para você colocar em prática hoje mesmo e atrair clientes realmente interessados em fechar contratos. 

1) Introdução

O marketing de conteúdo jurídico é uma grande ferramenta da advocacia na busca de mais notoriedade e das desejadas novas contratações. Tanto é assim que o interesse dos advogados nesse assunto só cresceu nos últimos anos. 😊

Mas, como toda ferramenta de publicidade jurídica, existem dúvidas, questionamentos sobre as possibilidades existentes e receio com os limites. Afinal, ninguém quer ter problemas com a OAB ao explorar as oportunidades, não é mesmo?

🤓 Então, decidi escrever o artigo de hoje para trazer uma análise completa sobre os segredos do marketing de conteúdo para advogados

Para começar, quero explicar para você os conceitos básicos e as regras da OAB que se aplicam ao assunto. Assim fica mais tranquilo aproveitar as possibilidades sem ter dores de cabeça com os TEDs.

Na sequência, vou mostrar as vantagens do marketing de conteúdo jurídico, para destacar o que os advogados têm a ganhar com essa forma de publicidade.

É interessante analisar esse ponto porque, em comparação com as formas tradicionais de prospectar novos clientes, existem diferenças significativas e bem relevantes.

A cereja do bolo são as 7 dicas para dominar o marketing de conteúdo jurídico que vou passar para você. Entre elas, a importância de fugir do juridiquês, manter uma boa frequência de publicações, produzir conteúdos de qualidade e muito mais. 😉

O grande objetivo é, ao final do artigo de hoje, lhe ajudar a aproveitar mais essa possibilidade de publicidade na advocacia da melhor forma possível, com os melhores resultados.

2) Marketing de Conteúdo Jurídico: Conceitos Básicos

🧐 Para conseguir aproveitar todas as oportunidades que o marketing de conteúdo jurídico traz, primeiro é necessário entender quais são os conceitos básicos dele.

Afinal, com o conhecimento sobre o que é essa forma de publicidade, o que é permitido fazer e como a OAB entende o seu uso na advocacia, fica mais fácil incorporar ela no dia a dia.

Então, vamos conferir os pontos principais do assunto!

2.1) O que é Marketing de Conteúdo?

🤓 O marketing de conteúdo é uma estratégia de produção e divulgação de conteúdos destinados ao público-alvo. No meio jurídico, ele é voltado a advogados, clientes e outras pessoas que atuam no Direito.

Essa forma de publicidade está prevista até mesmo no Provimento n. 205/2021:

Art. 2º Para fins deste provimento devem ser observados os seguintes conceitos:

II – Marketing de conteúdos jurídicos: estratégia de marketing que se utiliza da criação e da divulgação de conteúdos jurídicos, disponibilizados por meio de ferramentas de comunicação, voltada para informar o público e para a consolidação profissional do(a) advogado(a) ou escritório de advocacia;” (g.n.)

A grande “sacada” do marketing de conteúdo é justamente a apresentação de soluções para as necessidades das pessoas. 😉

A ideia é posicionar o advogado como uma referência na sua área de atuação, com as informações disponibilizadas nas postagens, especialmente em publicações nas plataformas digitais e redes sociais.

Muitos clientes chegam até os escritórios por indicação e atualmente é normal a pessoa procurar pelos profissionais na internet. 

🤔 “Mas Alê, como o marketing de conteúdo jurídico me ajuda nessa questão?”

Simples: ao divulgar informações úteis, de qualidade e que sejam do interesse das pessoas que consomem, você atrai a atenção de uma maneira orgânica.

E de quebra também ajuda os seguidores e potenciais clientes a ter uma luz sobre como resolver seus problemas jurídicos. 🤗

É isso que traz o reconhecimento do seu perfil como autoridade e ajuda a construir confiança nas pessoas. Aí quando elas precisarem de um advogado, vão lembrar de você!

2.2) Advogados podem usar o Marketing de Conteúdo?

🧐 Um receio natural que pode surgir é sobre qual a posição da OAB: se os advogados podem usar o marketing de conteúdo ou se isso é proibido pelas normas da Ordem.

A boa notícia é que ele é totalmente permitido, desde que sejam respeitadas as regras e as limitações aplicáveis à publicidade na advocacia em geral.

Ou seja, se o advogado utilizar elementos de um marketing de conteúdo ético, com caráter informativo, discreto e sóbrio, é perfeitamente possível fazer uso dele. ✅

Mas o uso de expressões persuasivas ou outras formas de captar clientela e mercantilizar a profissão são proibidos, o que exige atenção na hora de produzir os conteúdos para as suas páginas, ok?

Dar uma olhadinha no que dizem as regras da OAB é fundamental, então não deixe de conferir as decisões dos TEDs e também o que dizem as seguintes normas:

  • Lei n. 8.906/1994 (Estatuto da OAB);
  • Resolução n. 02/2015 (Código de Ética e Disciplina);
  • Provimento n. 205/2021 do CFOAB.

📜 A única dessas regras que menciona diretamente o marketing de conteúdo jurídico é o Provimento n. 205/2021. Mas isso não quer dizer que você deve ignorar o que dizem o Estatuto e o Código de Ética.

Porque todas as normas trazem determinações importantes sobre a publicidade na advocacia, em especial o que pode ou não ser feito pelos advogados dentro da estratégia.

⚖️ Em relação ao que está no Provimento n. 205/2021, ele não traz apenas a definição de marketing de conteúdo jurídico que você conferiu no tópico anterior. Também existe, no art. 4º, a expressa permissão de uso dele pelos advogados:

“Art. 4º No marketing de conteúdos jurídicos poderá ser utilizada a publicidade ativa ou passiva, desde que não esteja incutida a mercantilização, a captação de clientela ou o emprego excessivo de recursos financeiros, sendo admitida a utilização de anúncios, pagos ou não, nos meios de comunicação, exceto nos meios vedados pelo art. 40 do Código de Ética e Disciplina e desde que respeitados os limites impostos pelo inciso V do mesmo artigo e pelo Anexo Único deste provimento.” (g.n.)

Ou seja, o marketing de conteúdo jurídico não somente é autorizado, como também é permitido o uso de anúncios, pagos ou não, desde que não sejam empregados valores excessivos. 

Além disso, o Anexo Único do mesmo Provimento n. 205/2021 ainda informa quais devem ser as diretrizes da produção de conteúdos pela advocacia:



Criação de conteúdo, palestras, artigos;

Deve ser orientada pelo caráter técnico informativo, sem divulgação de resultados concretos obtidos, clientes, valores ou gratuidade.

Então, desde que os advogados respeitem os limites impostos à publicidade na advocacia, o marketing jurídico de conteúdo (sóbrio, discreto e informativo) é permitido! 😊

Não dá para esquecer, na hora de elaborar os seus materiais, de observar as restrições e orientações presentes no art. 39 e seguintes do Código de Ética e Disciplina. Sem contar nas disposições sobre ética profissional no Estatuto da OAB.

Ficando de olho nessas questões, dá para produzir um ótimo marketing de conteúdo jurídico sem ter problemas com a Ordem, o que traz muitas vantagens.

3) Vantagens do Marketing de Conteúdo Jurídico

Quando o assunto está em discussão, não é difícil encontrar quem pergunte: por que eu devo usar marketing de conteúdo para advogados? 🤔

Os motivos para esse questionamento são vários, mas um dos maiores é a dificuldade de conciliar a advocacia com a publicidade. As estratégias do marketing jurídico ainda são colocadas em segundo plano diante da rotina, como mostrou o Censo Jurídico 2023. 

Afinal, reconheço que muitas vezes é complicado cumprir todas as tarefas do dia e ainda sobrar tempo (e disposição) para outras atividades.

🤗 Só que as vantagens do marketing de conteúdo jurídico são tantas que vale a pena fazer uma força extra e conciliar a produção de materiais de publicidade com a sua atuação no dia a dia. Olha só apenas algumas delas:

  • Demonstrar para quem tem contato com suas publicações que você domina aquela área do Direito;
  • Atrair clientes de forma ética;
  • Se posicionar como uma autoridade no seu campo de atuação;
  • Passar confiança para pessoas que se interessam ou precisam dos serviços da advocacia;
  • Apresentar soluções para problemas que muitos têm;
  • Mostrar informações de interesse para as pessoas que visitam suas páginas.

Uma consequência de todos os atrativos do marketing de conteúdo jurídico é a capacidade de aumentar seu alcance e a clientela.

Vamos lembrar que um dos maiores desafios da advocacia é conquistar novos clientes e fechar contratos para manter ou ampliar o escritório, certo? 😉

É por esse motivo que muitos advogados acabam escorregando nas normas sobre publicidade e tem problemas com os Tribunais de Ética e Disciplina da OAB.

Só que ao incorporar o marketing de conteúdo jurídico de forma correta e eficiente na sua estratégia, o fluxo é invertido: os clientes vão até você!

“Por que Alê?”

😍 Justamente pela consequência das vantagens: se posicionar como autoridade, criar confiança e apresentar soluções para os problemas das pessoas. Esse é o grande “pulo do gato” do marketing jurídico para advogados. 

4) 7 Dicas para Dominar o Marketing de Conteúdo Jurídico

Agora que você já conferiu o conceito, as normas e as vantagens do marketing de conteúdo jurídico, chegou a hora das dicas

Vou mostrar para você 7 sugestões para dominar essa forma de publicidade na advocacia e aproveitar o máximo possível, dentro das normas da OAB. 

Como quero trazer muitas dicas práticas, vou citar alguns exemplos do dia a dia para facilitar o entendimento, ok? 😉

Os Segredos do Marketing de Conteúdo Jurídico Eficiente

4.1) Fique longe do juridiquês

Uma das maiores barreiras que afastam os leigos e dificultam a publicidade da advocacia é a linguagem. Essa é uma tecla que eu bato há muito tempo (e vou continuar batendo).

A forma que o advogado se comunica com a audiência (clientes, interessados, colegas etc.) é extremamente importante. E isso se aplica também nas publicações feitas nas redes sociais ou em outras plataformas.

⚠️ Então, fique longe do juridiquês! 

Produza os seus conteúdos da forma mais simples, didática e objetiva possível, para atingir o maior número de pessoas. 

Inclusive, até quando você estiver escrevendo para sites jurídicos, voltados aos profissionais do Direito, minha sugestão é: mantenha esse estilo.

Não precisa escrever de maneira difícil para alcançar o sucesso, e o Desmistificando é a comprovação disso. Sempre busco ser objetiva, simples e direta nos artigos que publico.

Muitos advogados se esquecem que ao produzir conteúdos, o objetivo é conseguir alcançar e prospectar mais clientes na internet. 

🧐 O que isso significa? Que o artigo, o vídeo, a publicação e qualquer outra forma de comunicação tem que ser direcionada para as pessoas que você busca atingir, na procura por mais contratos.

Falar ou escrever de uma forma difícil, cheia de termos jurídicos e técnicos, não traz bons resultados…

Alguns fazem isso de forma automática, outros acreditam que vão impressionar as pessoas com essa atitude, mas, na verdade, o que acontece é o contrário.

Se o seu cliente (atual ou em potencial) não entender o que você está falando ou escrevendo, como ele vai confiar em você e acreditar que você é uma autoridade no assunto?

Não tem como, né! ❌

Já quando seu marketing de conteúdo jurídico tem uma linguagem simples, que facilita a compreensão do tema pelas pessoas, elas entendem o assunto e compreendem que você está apresentando uma solução para os problemas delas.

Então, nada de juridiquês, ok?

4.2) Frequência de publicação

Um erro grave de quem começa a produzir conteúdos é não publicar com frequência nas plataformas, ou fazer publicações sem dias e horários já definidos anteriormente. 📝

A constância nas postagens dos seus materiais é fundamental e essencial para o sucesso da sua estratégia de marketing jurídico.

Inclusive, no artigo 10 coisas que aprendi com meu blog jurídico, destaquei o quanto a frequência de publicações é importante, a ponto de ter salvo o Desmistificando em um momento complicado…

🤔 “E o que você sugere para eu estabelecer uma rotina de publicação, Alê?”

Primeiro, defina uma frequência de postagens dentro da sua realidade, levando em conta sua rotina, o trabalho com a advocacia e o tempo disponível para a produção de conteúdo.

Cada pessoa tem um dia a dia diferente e nem todos contam com tempo livre para essas tarefas. Porém, recomendo que ao menos uma meta mínima seja traçada, com uma viabilidade garantida. 😊

Não é necessário postar todo dia e toda hora, mas a frequência precisa ser mantida de acordo com o planejamento. Se são 2 publicações por semana, 1 ou 5, isso deve ser observado conforme a sua rotina.

Não existe uma “receita de bolo” que serve para todos e nem um número ideal de postagens, porque cada advogado tem uma realidade diferente. 🤗

Minha dica é: estabeleça a sua meta, respeite a frequência de publicações e se adeque as suas possibilidades, com atenção também ao tipo de conteúdo produzido.

Se você está muito ocupado e acredita que nunca vai ter tempo para isso, recomendo a leitura do meu artigo “Marketing Jurídico Eficaz para Advogados Sobrecarregados“.

4.3) Calendário de Publicações

Lado a lado com a frequência de postagens está o calendário de publicações, com as informações sobre temas, dias de produção e programação semanal/mensal. 🗓️

A organização aqui é a palavra-chave!

Não dá para produzir um marketing de conteúdo de qualidade na internet sem se organizar para fazer isso. Aí entra o calendário: uma ferramenta para lhe ajudar nessa tarefa de produção dentro de uma frequência estabelecida.

Você pode aproveitar recursos disponíveis para isso, como a agenda do seu trabalho, a do Google, uma planilha no Excel, plataformas como o Trello ou até uma folha de papel.📝

Conseguindo organizar o seu calendário de publicações de maneira satisfatória, o formato não importa!

“Alê, mas o que eu coloco no meu calendário?”

👉🏻 Olha, cada caso é um caso e existem diferenças significativas em relação ao conteúdo produzido ou a realidade do advogado. Mas, posso dar algumas sugestões de itens para constar no seu calendário de publicações:

  • Dias e horários para publicar;
  • Tema do conteúdo;
  • Palavras-chaves;
  • Fontes de pesquisa;
  • Estrutura do texto (pauta);
  • Imagem a ser publicada;
  • Hashtags;
  • Entre outros.

Com essas informações à disposição, organizadas no calendário, o bloqueio criativo fica menos frequente e a vontade de procrastinar diminui bastante!

4.4) Domínio do SEO

O advogado também precisa dominar o básico do SEO (Search Engine Optimization), a Otimização para Mecanismos de Busca na internet.

🤓 Ela nada mais é que um conjunto de técnicas, métodos e estudos com o objetivo de melhorar o ranqueamento das suas publicações nos principais mecanismos de busca, como Google, Yahoo, Bing etc.

Sei que isso não costuma ser muito a praia dos advogados, mas é necessário conhecer o mínimo para se destacar em meio ao mar de informações disponíveis.

Afinal, o marketing de conteúdo jurídico aliado a uma estratégia eficiente de SEO é fundamental para gerar tráfego para o seu site e fazer com que o cliente chegue até você por meio das pesquisas. 

Inclusive, eu utilizo as técnicas de SEO nas minhas publicações, identificando as palavras-chave mais procuradas para antecipar o que as pessoas buscam.

Por esse motivo, as minhas páginas ficam melhor posicionadas no Google e mais leitores têm acesso aos meus artigos quando fazem as suas buscas. Interessante, né? 😉

4.5) Produza conteúdo de qualidade para seus potenciais clientes

Por mais que você respeite a frequência, faça um calendário, escreva de forma simples e domine o SEO, de nada adianta se o seu conteúdo não for de qualidade, voltado para os seus potenciais clientes.

🧐 É necessário prestar muita atenção nisso, para não ter resultados desfavoráveis na elaboração e aplicação da sua estratégia.

Em primeiro lugar, para produzir um conteúdo de qualidade, recomendo que dê preferência a assuntos da sua área de atuação. O motivo é muito simples: você vai abordar um tema que já conhece, tem mais afinidade e trabalha na prática.

Tudo isso faz a produção ficar muito mais fácil, porque as informações, as dores e as soluções estão mais próximas da sua realidade.

E tem mais uma coisa…

Qual o sentido de produzir conteúdo sobre uma área que você não atua? A não ser que você deseje expandir a oferta de serviços para um novo campo do Direito, não existe razão para isso. ❌

O objetivo é pensar no seu cliente, nas pessoas que você deseja atrair para sua advocacia, para novos contratos.

Então, produza um conteúdo destinado a sua área de atuação, para atingir a sua clientela em cheio, e priorize a qualidade. Não poste apenas por postar, porque isso é um grande erro.

O marketing de conteúdo jurídico precisa de planejamento, estudo, preparação, atualização e análise. Deve ter informações corretas, destinadas a orientar as pessoas que visualizarem a publicação. 🤗

Por isso é tão importante pesquisar o assunto da sua postagem em sites, livros, artigos, doutrinas, jurisprudência, vídeos e qualquer outra fonte confiável. É isso que faço aqui no Desmistificando, para trazer o melhor para os leitores.

Desde o calendário de publicações, até a identificação de palavras-chave, fontes e estrutura, tudo isso é preparação. Só depois começo a escrever, sempre pensando na qualidade do conteúdo.

Dá trabalho? Com certeza! 

Mas para entregar um conteúdo de qualidade, inteligente e informativo, é necessário investir tempo. No final, tudo vale a pena, porque você consegue atingir as pessoas que deseja e gera uma confiança com as publicações. ✅

4.6) Compartilhe o conteúdo em diferentes plataformas

Para aumentar ainda mais o alcance do seu marketing de conteúdo jurídico, sugiro que compartilhe as publicações em diferentes plataformas. Existem várias opções e versões, gratuitas ou pagas, para fazer isso. 

Aliás, na hora de escolher qual é a que mais se encaixa nas suas necessidades e objetivos, também tem uma dica!

👉🏻 Primeiro, sugiro que você defina o formato do seu conteúdo, que pode ser:

  • Artigo;
  • Post;
  • Podcast;
  • Vídeo.

Na hora de decidir o formato, é interessante dar preferência aos mais consumidos pelo seu público-alvo, porque assim você aumenta as chances de alcançar as pessoas desejadas com seus conteúdos.

Sei que a maioria dos advogados prefere o formato escrito, mas recomendo que também teste produzir conteúdo em áudio e vídeo (que é o formato preferido do público). 

Por mais que os primeiros não fiquem da forma como você queria, vale a pena insistir e ir pegando intimidade com a câmera ao longo do tempo! 😉

Com o formato definido, é importante pensar nas plataformas que vão receber os seus conteúdos. Hoje em dia, existem muitas opções, sendo as principais:

  • Redes sociais (Instagram, Facebook, LinkedIn, Twitter, TikTok);
  • Blogs profissionais (seja do próprio advogado ou de terceiros);
  • Sites jurídicos (JusBrasil, Conjur, Migalhas etc.);
  • Plataformas de vídeo (Youtube);
  • Streamings de áudio (Spotify, Deezer etc.).

⚠️ Mas, é importante ficar de olho em combinar o formato do seu conteúdo com a plataforma certa, em que seus clientes estão! 

Por exemplo, redes sociais como o Instagram ou Facebook permitem usar vídeos curtos e posts escritos, mas um vídeo mais longo cai melhor no YouTube. 

Ainda é possível aproveitar uma postagem em outros lugares. Um post no LinkedIn pode ser repaginado como um artigo em um site jurídico, entre outras alternativas.

São muitas possibilidades, mas uma boa pesquisa, identificar as pessoas que consomem o seu conteúdo e se dedicar a plataforma mais adequada são passos fundamentais para produção de materiais inteligentes, com criatividade. 

Ah! O WhatsApp não é uma boa alternativa para o marketing de conteúdo jurídico, viu? O advogado até pode fazer publicidade nessa plataforma, mas as restrições são muito grandes e existem opções mais eficientes.  

Diferentes redes sociais, dificuldade de se expor, falta de engajamento, normas da OAB…

O Marketing Jurídico ainda é um desafio para muitos advogados.

Mas afinal, existe uma fórmula garantida para atrair clientes na internet?

É claro que existe!

Eu compilei todo meu conhecimento de mais de 10 anos trabalhando com marketing jurídico digital e produção de conteúdo jurídico na internet em um guia: o ebook Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online 

Meu objetivo com o livro é ensinar a você uma fórmula garantida para que os clientes encontrem você, sempre respeitando as normas da OAB!

Este ebook traz pra você os 5 Pilares da Prospecção Online

  1. Estratégias para você se destacar online e ser encontrado pelos seus clientes
  2. As novas regras de marketing jurídico da OAB
  3. Marketing Jurídico orgânico: branding, site, SEO, redes sociais, produção de conteúdo, cartão de visitas, WhatsApp, correio eletrônico e mais!
  4. Marketing Jurídico pago: como chegar aos clientes com anúncios de forma ética e eficiente
  5. Tudo o que você precisa para montar e ter sucesso com um escritório de Advocacia digital

👉  Então clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

4.7) Esteja atento aos resultados

A última dica do artigo de hoje é: fique atento aos resultados das suas publicações e monitore como está sendo a aceitação pelo seu público.

🤓 Essa é a forma mais segura de saber se o seu marketing de conteúdo está jurídico está no caminho certo. Curtidas, comentários, visualizações e o contato direto com as pessoas que veem seus posts são formas de conferir isso.

Deixar de acompanhar os resultados é um equívoco grave por dois motivos. O primeiro é que você pode estar deixando passar bons feedbacks e o segundo é que sempre existe a possibilidade de você estar se dedicando a produção de materiais que não estão rendendo.

Ou seja, uma perda de tempo, dinheiro e energia em conteúdos que não performam bem quando publicados.

“Alê, existem ferramentas para me ajudar nisso?” 🤔

Sim! O Google tem ótimos recursos em sites que permitem monitorar os resultados de publicações.

O Google Analytics fornece informações de visitas a sua página, tráfego, tempo e taxas de permanência ou rejeição, entre outros dados relevantes para a sua análise.

Já o Google Search Console é uma ferramenta que informa qual a posição do seu site nas páginas de resultados do mecanismo de busca. Além disso (e principalmente), ele também indica problemas no site, número de acessos, velocidade, usabilidade e outros elementos.

Essas informações são muito valiosas para acompanhar como seus conteúdos têm se saído na internet e aperfeiçoar a estratégia de marketing da sua advocacia. 🤗

Ah! Antes de encerrar, quero aproveitar para deixar mais uma sugestão: acabei de publicar um artigo sobre o cartão de visita digital dos advogados.

Nele, expliquei tudinho sobre mais essa possibilidade de publicidade na advocacia, mostrando as regras, o que pode e não pode estar nos cartões, além de muitas dicas práticas. Depois, dá uma conferida porque vale a pena, ok? 😉

5) Não há Marketing Jurídico sem Conteúdo!

O marketing de conteúdo jurídico é uma peça fundamental da publicidade na advocacia, que não pode ser deixada de lado. É muito importante entender, analisar e aplicar as melhores estratégias para a sua atuação.

Afinal, as regras da OAB estão aí com muitas limitações e toda oportunidade de deixar seu perfil em destaque para atrair mais clientes deve ser aproveitada.

🤓 Por esse motivo, escrevi o artigo de hoje sobre o marketing de conteúdo para advogados, comentando os principais tópicos do tema!

Comecei explicando para você quais os conceitos básicos e as regras da OAB. Isso permitiu entender que a Ordem autoriza esse tipo de publicidade e que ela é uma forma interessante de passar informações ao mesmo tempo em que atrai clientes.

Depois, listei as vantagens do marketing de conteúdo jurídico, mostrando o que os advogados têm a ganhar com o uso dele. ✅

Em especial, são pontos favoráveis a notoriedade, a construção de uma posição de autoridade na sua área e a perspectiva de conseguir mais contratos.

Para encerrar, apresentei 7 dicas para dominar o Marketing de Conteúdo Jurídico

👉🏻 Elas foram: ficar longe do juridiquês, manter uma frequência de publicações, elaborar um calendário de postagens, dominar o SEO, produzir conteúdo de qualidade, compartilhar seu material em diferentes plataformas e ficar atento às métricas.

Com isso, espero ter conseguido apresentar um pouquinho desse universo tão apaixonante do marketing de conteúdo. Vocês sabem que sou fã desse tipo de estratégia, por isso recomendo que coloque em prática e depois venha me contar os resultados!

Aliás, aproveita para conferir o ebook  Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online. Ele é um verdadeiro guia para produzir conteúdos inteligentes e que atraem pessoas realmente interessadas em contratar os serviços. 

👉  Clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

Fontes

Veja as fontes utilizadas na elaboração deste artigo na publicação original no blog: Desperte o Interesse dos Clientes com o Marketing de Conteúdo Jurídico

Estratégias Éticas no WhatsApp: Como Advogados Podem Prosperar Respeitando a OAB

Resumo

É possível o advogado usar whatsapp dentro da sua estratégia de marketing e prospecção de clientes, desde que respeite as regras da OAB. Para você extrair o máximo da ferramenta, nesse artigo abordamos as regras éticas sobre o tema, se é permitido oferecer serviços e cobrar consulta pelo whatsapp, em quais situações o escritório pode entrar em contato através da ferramenta e se as listas de transmissão são autorizadas. Além disso, compartilhamos 3 dicas práticas para implementar o whatsapp business na advocacia de forma eficiente.   

1) Ética no WhatsApp: O que Advogados podem (ou não) fazer no aplicativo

🧐 Atualmente, os advogados têm no WhatsApp uma ferramenta vital para a atuação, desde o primeiro contato com clientes, passando pela publicidade e até interações mais complexas. Por isso, é natural existirem dúvidas sobre os limites da ética no WhatsApp.

Apesar do aplicativo não ser novo (foi lançado em 2009), a utilização dele aumentou muito no mundo jurídico nos últimos anos e muitos colegas ainda se sentem inseguros sobre se certas funcionalidades do whatsapp são permitidas pela OAB.

Pensando nisso, no artigo de hoje quero responder às principais dúvidas sobre o uso WhatsApp pela advocacia. 🤓

Primeiro, vou comentar como as normas éticas tratam a publicidade jurídica nessa ferramenta. Também quero analisar se o advogado pode cobrar consulta por WhatsApp e se é possível entrar em contato com clientes usando o aplicativo. 

Na sequência vou explicar se as listas de transmissão são permitidas e se o advogado não pode oferecer serviços pelo WhatsApp.

Por fim, quero mostrar como usar o WhatsApp Business na advocacia e compartilhar algumas dicas de como captar clientes pelo aplicativo de forma ética.

🤗 O tema é muito importante para os advogados e extrair o máximo do uso de todas as ferramentas permitidas na publicidade para o sucesso dos escritórios. Então espero lhe ajudar na tarefa de explorar todas as possibilidades da ferramenta!

2) Publicidade Jurídica por WhatsApp: Regras Éticas da OAB

Antes de entrar no assunto específico do advogado no WhatsApp, é interessante entender melhor o que dizem as regras éticas da OAB sobre o uso dessa ferramenta como forma de publicidade jurídica. 📜

Afinal, o grande objetivo da advocacia ao usar qualquer recurso no marketing jurídico, inclusive as redes sociais como o Instagram ou Facebook, é aumentar a visibilidade, prospectar clientes e evitar problemas com os Tribunais de Ética e Disciplina.

🤔 “E o que a OAB diz sobre o WhatsApp, Alê?”

As normas da Ordem não têm muitas disposições sobre o WhatsApp, mas é possível analisar as 3 grandes fontes de regras éticas na publicidade e chegar a uma posição segura. Posso adiantar que o aplicativo é permitido, mas com limites bem claros.

👉🏻 Então vamos conferir o que determinam:

  • a Lei n. 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia);
  • o Provimento n. 205/2021; e
  • o Código de Ética e Disciplina da OAB (Resolução n. 02/2015).

A única menção expressa ao aplicativo está no Anexo Único do Provimento n. 205/2021, que permite os Grupos de WhatsApp, desde que respeitadas algumas limitações quanto aos destinatários das mensagens e a observância das regras gerais de publicidade.

Além dessa disposição direta, ainda existe outra que possibilita uma conclusão segura sobre o uso da ferramenta como comunicação pela advocacia, que também está no Anexo Único:




Correspondências e comunicados (mala direta);

“O envio de cartas e comunicações a uma coletividade (“mala direta”) é expressamente vedado. Somente é possível o envio de cartas e comunicações se destinadas a clientes e pessoas de relacionamento pessoal ou que os solicitem ou os autorizem previamente, desde que não tenham caráter mercantilista, que não representem captação de clientes e que não impliquem oferecimento de serviços” (g.n.)

🤓 O raciocínio é que o WhatsApp é uma forma de comunicação pelo envio de mensagens, o que significa que devem ser respeitadas essas restrições. Então, o advogado pode usar a ferramenta como publicidade, mas apenas pode entrar em contato com:

  • Quem já é cliente do escritório;
  • Pessoas que estão no relacionamento pessoal; ou
  • Aqueles que solicitarem ou autorizarem o contato previamente.

Qualquer outro envio de mensagens por advogados pelo WhatsApp pode ser considerado uma infração ética grave, levando a problemas com os TEDs das seccionais da OAB.

Isso não significa que os limites são apenas quanto aos destinatários, mas também em relação ao conteúdo. Afinal, as demais regras quanto a publicidade profissional na advocacia também valem para o aplicativo, ok?

⚖️ Dentro desse aspecto, não dá para esquecer do que determina o art. 39 do Código de Ética e Disciplina da OAB

“Art. 39 A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão”. (g.n.)

Ou seja, a OAB autoriza a publicidade de caráter informativo, e por isso o marketing de conteúdo é tão interessante para os advogados. Quem sabe explorar essa oportunidade tem um diferencial, em especial na internet.

Além disso, qualquer atuação publicitária da advocacia não pode instigar o litígio, nem captar clientes e nem promover a ostentação, com autopromoção do advogado. ❌

Às vezes as dúvidas surgem por conta dos conceitos serem um pouco abstratos, o que pode atrapalhar a publicidade jurídica e gerar um receio justificado. Afinal, ninguém quer arriscar ter problemas com o Tribunal de Ética, né?

👉 Então, fica de olho nessa dica: sempre se questione “Se fosse fora do ambiente online, seria permitido eu agir dessa forma?”.

Na maioria das vezes, esse exercício e uma rápida consulta nas normas da OAB já ajudam na tomada de decisão!

3) Advogado Pode Cobrar Consulta por WhatsApp?

Como o uso do aplicativo é permitido pelas normas, o próximo passo é pensar em formas de usar a ferramenta para além da publicidade e dentro dos limites impostos. E aí uma dúvida que costuma aparecer é se o advogado pode cobrar consulta por WhatsApp.

O atendimento por esse meio é como qualquer outro e, diante disso, é perfeitamente possível a cobrança pelo serviço prestado. 💰

Não custa nada lembrar que recentemente passamos pela pandemia de COVID-19 e as consultas eram muitas vezes feitas online, em aplicativos como o Google Meet, o Zoom ou por videochamadas no WhatsApp.

Um dos receios é o de que, como o atendimento é feito a distância, às vezes a contratação e a fixação de honorários acaba sendo verbal ou por meio eletrônico (mensagens ou e-mails).

Mas isso não é um problema! 😉

Inclusive, o Tribunal de Ética e Disciplina de São Paulo (TED/OAB SP) já deu um parecer em resposta a uma consulta que garante a possibilidade até de cobrança judicial de honorários advocatícios combinados verbalmente e comprovados pelo WhatsApp.

📜 Afinal, o art. 48, caput, do Código de Ética e Disciplina prevê que a contratação do advogado deve ser feita preferencialmente (e não obrigatoriamente) por escrito.  Segue a ementa: 

CONTRATO VERBAL DE SERVIÇOS JURÍDICOS – POSSIBILIDADE DE CONTRATAÇÃO PELO WHATSAPP – RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DO ADVOGADO QUANTO À ESCOLHA DA VIA ADEQUADA PARA COBRANÇA DOS HONORÁRIOS NÃO ADIMPLIDOS PELO CLIENTE, POIS DEPENDE DO CASO CONCRETO – ADVOCACIA CONTRA EX CLIENTE – NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DE SIGILO PROFISSIONAL.

O advogado pode ajuizar ação de arbitramento ou de cobrança lastreada em contratação pelo aplicativo WhatsApp ficando responsável quanto à escolha da via adequada, pois depende do caso concreto. O profissional sempre deve guardar sigilo das informações obtidas no exercício do mandato (artigos 48 e 54 do CED).  Precedentes: E-2.372/01, E-3.753/09, E-4.298/13, E-4.561/15 e E-4.954/17.” (g.n.)

(Proc. E-5.192/2019, Julgamento: 24/04/2019, Rel. Dra. Renata Mangueira de Souza, Rev. Dr. Ricardo Bernardi, Pres. Dr. Guilherme Martins Malufe)

Não dá para ignorar que existem clientes que ainda têm uma grande resistência a pagar por consultas feitas pelo WhatsApp. Infelizmente, é comum ouvirmos “é só uma perguntinha/olhadinha”, não é mesmo?

👩🏻‍⚖️👨🏻‍⚖️ Mas, como esse atendimento é um serviço como qualquer outro prestado pela advocacia, a cobrança está amparada pelas normas da OAB. Sem contar no posicionamento dos TEDs.

Portanto, as consultas realizadas pelo WhatsApp podem (e devem) ser cobradas pelo advogado. A única dificuldade é que pode ser difícil de provar a contratação, mas mesmo isso também pode ser comprovado via aplicativo!

Aliás, se você não cobrar pelo atendimento, seja ele feito presencialmente ou virtualmente (WhatsApp, redes sociais, e-mail etc.), pode ter problemas com os TEDs, viu? 

“Nossa Alê, por quê?”

Simples, as consultas gratuitas podem ser consideradas captação de clientela, mercantilização ou até aviltamento de honorários, tudo vedado pela OAB.

Obs.: Tem um artigo completo sobre a ética na cobrança de honorários aqui no blog, confira: Desvendando as regras: Quanto posso cobrar de honorários advocatícios do meu cliente?

🙄 O que acontece é que algumas vezes os clientes interpretam de forma equivocada o fato de terem acesso ao WhatsApp do advogado ou do escritório.

Aí, eles passam a tratar esse canal de comunicação como um meio fácil e rápido de obtenção de informações.

Para evitar essa situação, minha sugestão é de que, desde o início, você explique de forma direta e educada para o cliente que o WhatsApp é apenas um meio de comunicação, para facilitar o acesso a documentos, informações, atualização sobre processos etc.

Se possível, estabeleça cláusulas no contrato de honorários advocatícios disciplinando isso. Por exemplo: quais assuntos podem ser abordados pelo aplicativo e quais devem ser esclarecidos pessoalmente, qual o prazo para responder às mensagens, entre outros. 📝

Nos próximos tópicos, eu trago mais algumas dicas sobre meios de estabelecer limites saudáveis na relação cliente e advogado no WhatsApp!

3.1) A consulta jurídica pode ser feita por WhatsApp?

✅ Sim! A consulta jurídica pode ser feita pelo WhatsApp, conforme o que você acabou de conferir no tópico acima. 

Além disso, no tópico 2 estão as normas fundamentando que o advogado pode usar o aplicativo como meio de comunicação com os clientes (atuais ou em potencial), certo?

Então, é plenamente possível, também, fazer a consulta jurídica através do aplicativo (seja por mensagens, chamadas de áudio ou chamadas de vídeo). O que pode ser um grande fator de eficiência no escritório.

👉🏻 Imagine o seguinte: ao invés de receber o cliente pessoalmente em uma data futura, porque ele não pode comparecer nos dias próximos, você pode atendê-lo por WhatsApp no mesmo dia. Isso permite:

  • Ficar a par dos fatos com antecedência;
  • Analisar a situação, ainda que de forma preliminar;
  • Já solicitar documentos importantes;
  • Extrair informações relevantes do cliente;
  • Identificar potenciais boas causas;
  • Fechar contratações;
  • Entre outros.

Mas, não esqueça de deixar claro para o cliente que consulta realizada de forma online não é sinônimo de consulta gratuita. Afinal, você continua despendendo tempo e conhecimento para esclarecer os questionamentos dos clientes, né? 

📌 Outra questão interessante relacionada às consultas, se refere àquele ícone de agendamento que alguns advogados inserem em seus sites jurídicos ou redes sociais

Normalmente eles têm aquelas mensagens do tipo “agende sua consulta aqui” e, quando a pessoa clica, é encaminhada para uma conversa no WhatsApp. Mas é bom ter cuidado com isso…

Sobre o tema, encontrei essa ementa de Parecer do Tribunal de Ética e Disciplina de São Paulo (TED/SP) em resposta a uma consulta formulada pela Presidência e Comissão de Ética e Disciplina de uma das Subseções:

“PUBLICIDADE – INTERNET – WHATSAPP – CARÁTER INFORMATIVO – POSSIBILIDADE.

Toda e qualquer publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas no capítulo VIII do Código de Ética e Disciplina. O profissional que se utiliza da sua rede social para tratar de um tema de maneira genérica que esteja relacionado à sua especialidade e à sua área de atuação, bem como a título informativo não afronta as normas éticas previstas no referido ordenamento, desde que não promova ou induza o ouvinte/internauta a litigar não promovendo, desta forma, captação indevida de clientela. Deve o profissional, com base no artigo 44 do Código de Ética e Disciplina, apenas disponibilizar o seu nome ou da sociedade de advogados com o número da inscrição na OAB. Situações como a citada na presente consulta, com botão de “agende a sua consulta” com “link” direto para o WhatsApp do profissional não são adequadas e jamais devem estimular a judicialização.” (g.n.)

(TED/SP, Proc. E-5.472/2020, Julgamento: 10/02/2021, Rel. Dr. Sylas Kok Ribeiro, Rev. Dr. Anselmo Prieto Alvarez, Pres. Dr. Guilherme Martins Malufe)

Ou seja, conforme a interpretação do TED da OAB/SP, o uso de ícones de agendamento não seria eticamente adequado. Mas, como os posicionamentos podem divergir, sugiro que dê uma olhada sobre o que o TED do seu Estado tem entendido como correto. 

Aliás, caso você já tenha conhecimento ou experiência com isso, compartilha comigo nos comentários? Adoro saber como os colegas têm usado essas novas tecnologias no dia a dia do escritório! 😉

4) Advogado pode entrar em contato pelo WhatsApp?

Outro questionamento comum é se o advogado pode entrar em contato pelo WhatsApp e usar esse meio para se comunicar com os clientes.

📜 Bem, conforme as normas da OAB, em especial o Anexo Único do Provimento n. 205/2021, é sim possível usar o aplicativo para a comunicação na advocacia, respeitadas as regras e os limites determinados pela Ordem.

No tópico 2, vimos que o advogado pode usar o WhatsApp como ferramenta de publicidade jurídica ou comunicações, desde que apenas envie mensagens para destinatários certos.

Ou seja, o advogado pode enviar uma mensagem para quem já é cliente informando sobre o andamento do processo. Da mesma forma, pode enviar uma mensagem para um colega sobre uma notícia jurídica de interesse, por exemplo.

❌ Mas não pode entrar em contato com uma pessoa desconhecida para coletar informações diversas ou até mesmo para uma publicidade, porque isso não é permitido.

Diferentes redes sociais, dificuldade de se expor, falta de engajamento, normas da OAB…

Sei bem que o Marketing Jurídico ainda é um desafio para muitos advogados.

Mas afinal, existe uma fórmula garantida para atrair clientes na internet?

É claro que existe!

Eu compilei todo meu conhecimento de mais de 10 anos trabalhando com marketing jurídico digital e produção de conteúdo jurídico na internet em um guia: o ebook Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online 

Meu objetivo com o livro é ensinar a você uma fórmula garantida para que os clientes encontrem você, sempre respeitando as normas da OAB!

Este ebook traz para você os 5 Pilares da Prospecção Online:

  1. Estratégias para você se destacar online e ser encontrado pelos seus clientes
  2. As novas regras de marketing jurídico da OAB
  3. Marketing Jurídico orgânico: branding, site, SEO, redes sociais, produção de conteúdo, cartão de visitas, WhatsApp, correio eletrônico e mais!
  4. Marketing Jurídico pago: como chegar aos clientes com anúncios de forma ética e eficiente
  5. Tudo o que você precisa para montar e ter sucesso com um escritório de Advocacia digital

👉  Então clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

5) Pode-se utilizar as listas de transmissão do WhatsApp como forma de publicidade jurídica?

⚖️ Apesar de também não existir uma norma específica sobre as listas de transmissão, há uma previsão sobre os “Grupos de WhatsApp” no Anexo Único do Provimento n. 205/2021:




Grupos de “WhatsApp”

Permitida a divulgação por meio de grupos de “whatsapp”, desde que se trate de grupo de pessoas determinadas, das relações do(a) advogado(a) ou do escritório de advocacia e seu conteúdo respeite as normas do Código de Ética e Disciplina e do presente provimento.” (g.n.)

Então, equiparando a lista de transmissão a um grupo de WhatsApp, é possível usar esse recurso na publicidade e em outras tarefas do dia a dia na advocacia.

Acontece que as mesmas limitações aplicáveis às mensagens em geral também se aplicam a essas listas. Isso tanto de forma a evitar a mercantilização, como em relação aos destinatários.

👩🏻‍⚖️👨🏻‍⚖️ Então, o contato só pode ser feito para clientes, colegas, pessoas de convívio ou quem solicitou/autorizou a comunicação previamente, e sem o intuito de captação de clientela

Do contrário, podem surgir alguns problemas com os Tribunais de Ética e Disciplina da OAB. Inclusive, a Seccional de São Paulo já tem precedente sobre esse assunto:

“UTILIZAÇÃO DE LISTAS DE TRANSMISSÃO DISPONIBILIZADAS PELO APLICATIVO DE COMUNICAÇÃO WHATSAPP – PUBLICIDADE – ANÚNCIO ACERCA DE NOVAS AÇÕES A CLIENTES E NÃO CLIENTES – INFRAÇÃO ÉTICA.

A utilização de listas de transmissão disponibilizadas pelo aplicativo de comunicação Whatsapp, para encaminhamento de mensagens a grupo de pessoas, sejam clientes ou não clientes do advogado remetente, com o escopo de apresentar ou propor novas demandas, como uma espécie virtual de mala direta, implica violação dos preceitos éticos que regem a atividade da advocacia.” (g.n.) 

(Proc. E-5.189/2019 – v.u., em 27/03/2019, do parecer e ementa do Rel. Dr. Ricardo Bernardi, Rev. Dra. Cristiana Corrêa Conde Faldini – Presidente Dr. Guilherme martins Malufe)

Importante notar que essa posição do TED da OAB/SP não considerou como incorreto o uso geral da lista, mas apenas a questão da apresentação ou propositura de novas demandas com informações via WhatsApp.

Ou seja, interpretando essa proibição específica, a utilização das listas de transmissões no aplicativo para outros fins permitidos, observadas as limitações, é possível. 

Isso, claro, desde que não seja uma forma de incentivar o litígio ou captar clientes, e respeitadas as demais restrições.

Está gostando do artigo? Clique aqui e entre no nosso grupo do Telegram! Lá costumo conversar com os leitores sobre cada artigo publicado. 😊

5.1) Atenção: lista de transmissão x mala direta

Interessante dizer que o próprio Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/SP equiparou, especificamente quanto a apresentação de novas ações ou contato com clientes em potencial para incentivo ao litígio, a lista de transmissão com a mala direta.

⚠️ E nesse assunto existiu uma significativa mudança nas normas da Ordem!

O uso de mala direta pelo advogado ou escritório de advocacia como forma de publicidade profissional era autorizado pela OAB nos termos do Provimento n. 94/2000. 

Mesmo nessa época, deveriam ser respeitadas as mesmas vedações de conteúdo e destinatários que citei no tópico anterior.

Só que no atual Provimento n. 205/2021, a mala direta é expressamente proibida, como Anexo Único sendo claro: “O envio de cartas e comunicações a uma coletividade (“mala direta”) é expressamente vedado. 

“Alê, mas então como fica: pode ou não pode a lista de transmissão afinal?” 🤔

Como mencionei no tópico anterior, desde que seja mantido o caráter informativo e para as pessoas autorizadas, nada impede o uso das listas. Mas é preciso cuidado com os conteúdos, para evitar a mercantilização e problemas com a OAB.

A minha dica quanto a isso é restringir o uso de lista de transmissão para enviar somente os conteúdos informativos para quem já me deu permissão para entrar em contato (o que ajuda a explorar o marketing de conteúdo).

🤓 Por exemplo: você pode explicar o que é a revisão da vida toda, mas não pode ter uma chamada à ação dizendo que você está trabalhando com isso ou convidar a pessoa para ajuizar a ação. São diferenças sutis, mas muito importantes.

6) Advogado não pode oferecer serviços por WhatsApp: é verdade?

Uma questão que também aparece muito é se o advogado não pode oferecer serviços por WhatsApp

🧐 Bem, a análise tem que ser feita com muito cuidado para evitar uma conclusão precipitada sobre o assunto. Só que já dá para adiantar que em regra não é possível fazer isso.

Conforme as normas que estão nos tópicos anteriores, dá para concluir que o advogado pode usar o WhatsApp na sua atuação, e em uma série de atividades. As consultas e a publicidade pelo aplicativo são hipóteses interessantes, que podem ajudar muito na prática.

Mas…

A questão de oferecer serviços é extremamente complicada e muito complexa em qualquer situação que envolve a advocacia.

O próprio trecho do Anexo Único do Provimento n. 205/2021 sobre a comunicação é claro ao dizer que os contatos devem ser feitos a pessoas determinadas e sem implicar no oferecimento de serviços. 📜

Além disso, o art. 46 do Código de Ética e Disciplina da OAB, no seu parágrafo único, segue uma linha muito semelhante:

“Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo.

Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de captação de clientela (g.n.)

O mesmo Código de Ética e Disciplina, no art. 39, é claro ao dizer que publicidade profissional do advogado precisa ser informativa, sóbria e discreta, sem espaço para mercantilização da profissão.

Então, é preciso analisar toda a questão com essas regras em mente…

E aí, de fato parece ser bem claro que o advogado não pode oferecer serviços por WhatsApp. Não por conta do aplicativo em si, porque o mesmo se aplica às restrições do e-mail, por exemplo, mas pela proibição geral quanto ao assunto, ok?

“Não existe uma saída, Alê?”

❌ A princípio, não! O oferecimento de serviços de fato é vedado pela OAB em várias de suas normas justamente para evitar a captação de clientes e a mercantilização. 

O que pode ser feito é buscar uma publicidade eficiente com o marketing de conteúdo, para informar clientes atuais e potenciais de novidades relevantes no mundo jurídico. 

Ao fazer isso de forma correta, é possível colher bons frutos colocando-se como uma figura de autoridade no assunto, o que traz confiança nas pessoas que já contrataram ou ainda podem contratar seus serviços.

Também já trouxe algumas ideias nesse sentido no artigo sobre se o advogado pode ligar oferecendo serviços. Ele está bem completo e também tem dicas que podem ser aplicadas ao WhatsApp.

Depois dá uma conferida e me conta o que achou nos comentários, ok? 🤓 

7) WhatsApp business para advogados

Além da versão “convencional” do aplicativo, o WhatsApp também disponibiliza a versão Business, destinada especialmente a quem deseja utilizar a ferramenta nas atividades comerciais e profissionais. O que é um excelente diferencial para os advogados.

O melhor é que esse é um aplicativo gratuito, que pode ter o download realizado tanto no Google Play (sistema Android) como na App Store (sistema IOS – Iphone). Também dá para usar a versão para computadores e notebooks (WhatsApp Web). 😍

Só é bom ter atenção desde o início em um ponto relevante que pode ser um contra para alguns: WhatsApp Business precisa estar vinculado a um chip exclusivo de celular. Ou seja, precisa ter um número dedicado

Assim, quem quiser continuar usando o WhatsApp regular e também o Business, terá que ter dois números e um celular dual chip ou passar a usar dois aparelhos de celular diferentes. 

Afinal, não é possível ter um número de telefone vinculado aos dois aplicativos ao mesmo tempo. ❌

O que não significa que os pontos positivos do WhatsApp Business não sejam muitos e bastante atraentes para os advogados. Olha só!

7.1) Como advogados podem utilizar o WhatsApp business?

Existem inúmeras possibilidades para os advogados usarem o WhatsApp Business, que vão desde uma simples centralização de contatos e comunicação, até o envio de mensagens automáticas ou links externos.

👉🏻 Além disso, o aplicativo também inclui recursos que auxiliam o escritório a:

  • Automatizar algumas etapas do atendimento (saudação inicial, mensagem de ausência etc.);
  • Classificar clientes e conversas dentro do WhatsApp;
  • Responder rapidamente às mensagens de clientes atuais ou potenciais;
  • Fixar horários de início e final de atendimento;
  • Colocar informações importantes no perfil;
  • Inserir outros dados de contato e endereço;
  • Entre outros. 

E tem mais: em comparação com a versão regular, o WhatsApp Business conta com mais opções de edição do perfil, otimizando o aplicativo para empresas.

Isso permite, direto no contato, incluir as imagens e outros dados relevantes como os endereços, telefones ou horários de funcionamento do escritório. Um diferencial enorme que possibilita ao cliente ter acesso fácil a mais informações do advogado.

Muito legal, né? 😍 

Para complementar essas informações, no próximo tópico, comentarei um pouco mais sobre as vantagens de usar o WhatsApp Business na sua advocacia! 

7.2) Vantagens do WhatsApp business para o escritório de advocacia

🧐 Existem diversas vantagens no uso do WhatsApp Business para os escritórios de advocacia. Entre as principais, estão:

  • Setorização de contatos;
  • Separar conversas pessoais de profissionais;
  • Disponibilização de informações ao cliente mesmo sem respostas manuais.

Dá para notar que o WhatsApp Business é uma excelente alternativa para advogados que não querem estar disponíveis aos clientes no aplicativo durante 24 horas por dia, nos 7 dias da semana.

Afinal, um desgaste enorme bastante presente na advocacia é justamente a carga de trabalho, que ocupa um tempo muito grande na agenda, inclusive além do horário “regular”.

Aí entra um dos maiores diferenciais do WhatsApp Business (profissional) em relação ao WhatsApp Messenger (convencional): nele você pode configurar a opção de horários e dias de atendimento

Assim, caso queira atender apenas em horário comercial, você configura para não estar online fora destes horários. 🗓️

Já no caso do cliente entrar em contato, ainda existe a opção de programar para ele automaticamente receber uma mensagem de ausência, por exemplo, informando que você retornará no dia seguinte.

8) 3 Dicas Práticas de Como Captar Clientes pelo WhatsApp

O Whatsapp é uma ferramenta de comunicação democrática, de fácil utilização e gratuita

Mas, para além disso tudo, ainda existem mais alguns detalhes interessantes de como captar clientes por ele.

Pensando nisso, para oferecer um atendimento profissional e não se tornar um escravo do trabalho, trouxe 3 dicas sobre o uso inteligente do Whatsapp na advocacia! 😉

8.1) Não utilize seu WhatsApp pessoal

Vocês sabem que sempre aconselho todos a tratarem a advocacia da maneira mais profissional possível. E isso não seria diferente com relação aos meios de comunicação utilizados pelos escritórios, como o WhatsApp ou outros similares.

⚠️ Agora, uma coisa tem que ser bastante destacada: seu lado pessoal é uma coisa e sua profissão é outra. Assuntos interessantes para você podem não ser de relevância para sua atuação jurídica e vice-versa.

No início da carreira, é comum usar o mesmo número de telefone para o contato pessoal e para os clientes. Até por custos ou facilidade, já que no começo são poucos casos e contratações.

Agora, conforme o tempo passa e o trabalho aumenta, o uso do aplicativo de mensagens sem a correta divisão entre tarefas pode custar muito caro.

Então, como você já viu todo o potencial do WhatsApp na advocacia, é melhor separar a vida pessoal da profissional, né? Existem ferramentas para isso, com certa facilidade, inclusive. 😉

A dica quanto a isso é: use os recursos disponíveis e invista em duas linhas de telefone, para poder ter mais eficiência.

Sempre que possível, tenha um número de celular pessoal (para a amigos e familiares) e outro número de celular profissional (que você vai passar para clientes, colegas, prestadores de serviços e parceiros), com o WhatsApp Business

🤗 Isso com certeza ajuda a passar uma imagem mais profissional ao cliente, além de permitir que você estabeleça horários de disponibilidade, organize mensagens, defina prioridades de resposta, delegue o atendimento a outras pessoas etc.

8.2) Configure as mensagens automáticas

Como mencionei antes, no WhatsApp Business, o advogado pode configurar mensagens que serão enviadas automaticamente para os contatos pelo aplicativo, a depender da situação.

Isso é uma das maiores “mão na roda” que existem em termos de dar um retorno aos clientes da melhor maneira possível. 😊

O WhatsApp Business tem esse recurso, que dá aos advogados muitas possibilidades de configurações. Desde o primeiro contato, com mensagens de saudação inicial, passando por atalhos de respostas frequentes e até informações automáticas de ausência.

🤔 “Nossa Alê, que legal, como isso funciona na prática?”

Fica melhor de entender com um exemplo. Imagine que o cliente envie mensagens perguntando sobre o andamento do processo entre as 18 horas da sexta-feira e as 8 horas da segunda-feira. Nesse intervalo, seu escritório está fechado para o fim de semana.

Com a configuração certinha no WhatsApp Business, em resposta a esse contato, a pessoa recebe uma mensagem automática informando que o você não está atendendo no momento, já que está fora do horário de funcionamento. 🤓

E na sequência a mesma mensagem informa que assim que possível, no retorno aos trabalhos de início de semana, você entrará em contato com ele. 

Assim, o cliente ficará ciente de que você não está trabalhando naquele período e que terá que aguardar por sua resposta.

Não ignoro que dependendo do contexto ou da área de atuação, pode ser difícil utilizar esse tipo de atendimento. Mas, especificamente com relação à área previdenciária (que é nosso foco aqui do blog), acredito que é plenamente possível implementar esse sistema!

👉 Ah! Outra dica é constar expressamente nas configurações que se trata de uma mensagem automática. Nem todos os clientes conseguem distinguir os tipos de mensagens e podem acreditar que você está online, mas se recusa a responder.

Por isso, é bom deixar bem expresso que se trata de uma comunicação automatizada, para a pessoa não achar que está sendo deixada de lado e identificar ainda mais seu profissionalismo.

8.3) Estabeleça um horário de disponibilidade e respeite os limites

Os períodos de descanso são extremamente importantes para o advogado “recarregar as baterias” para continuar a prestar os serviços.

😖 Às vezes, nós nos esquecemos disso. Aí, começam a surgir problemas relacionados ao estresse e à exaustão do trabalho. 

Desse modo, a última dica no artigo de hoje é estabelecer horários de disponibilidade fixos no WhatsApp, coincidindo com os períodos em que o escritório está fechado.

Além de ser um fator de organização de trabalho, também acaba sendo uma questão de saúde mental e até mesmo sobrevivência na advocacia a longo prazo (ainda mais se você exerce a advocacia em home office).

😱 Lembre-se e aproveite o fato de que no Whatsapp Business, você pode configurar os dias e horários de atendimento

Junto com as configurações corretas, isso faz com que o cliente receba uma mensagem automática caso lhe contate em um momento em que esteja indisponível.  Uma ótima saída para equilibrar ainda mais a vida profissional e pessoal.

📝 Outra prática legal, é que você estabeleça, logo no contrato de honorários advocatícios, cláusulas de disponibilidade, seja presencialmente ou online. 

Também é possível que você defina no momento da contratação como deverá ser contactado (telefone, WhatsApp, email etc.) e o prazo para responder ao cliente. 

Dessa forma, você pode inclusive delegar o atendimento a outras pessoas, integral ou parcialmente (ficando apenas com a função de formular a resposta final, por exemplo). 

Outro recurso que não pode ficar de fora nesse combo é a alteração das configurações de privacidade do WhatsApp. 🧐

Isso é interessante para que o cliente não saiba quando foi a última vez que você esteve online (o famoso “visualizado por último”), se a mensagem que ele enviou foi vista ou não por você etc. Mais privacidade e tranquilidade para você.

9) Conclusão

O advogado tem no WhatsApp uma excelente ferramenta para auxiliar na sua atuação em diversos campos de muita relevância para a atuação. Acontece que as regras da OAB quanto a publicidade são rígidas e trazem limitações.

🤓 Por esse motivo, no artigo de hoje decidi fazer uma análise completa sobre esse assunto para você, com as normas da Ordem no tema e dicas práticas para lhe ajudar.

Primeiro, analisei as regras éticas da OAB sobre a publicidade jurídica no aplicativo de mensagens e quais as principais determinações na matéria. 

Também mostrei que o advogado pode (e deve) cobrar consulta por WhatsApp e que é possível entrar em contato com clientes pelo aplicativo. 

Depois, expliquei que as listas de transmissão na ferramenta são permitidas como publicidade e comunicação com o cliente. Mas, para isso acontecer, os destinatários devem ser certos e o conteúdo seguir as normas da OAB. 📜

Além disso, mostrei que, em regra, o advogado não pode oferecer serviços pelo WhatsApp. Mas, que dá usar o WhatsApp Business na advocacia de forma muito eficiente.

Para encerrar, compartilhei 3 dicas práticas de como captar clientes pelo aplicativo de forma ética. Não usar o número pessoal, configurar mensagens e estabelecer um horário de trabalho é fundamental para extrair o melhor da ferramenta.

🤗 Com isso, espero ter esclarecido as dúvidas dos colegas e gerado algumas ideias de como usar o WhatsApp de forma ética na advocacia! 

E não esqueça de conferir o ebook  Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online.

👉  Clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

Fontes

Veja as fontes utilizadas na elaboração deste artigo na publicação original no blog: Estratégias Éticas no WhatsApp: Como Advogados Podem Prosperar Respeitando a OAB

Ligação Telefônica como Estratégia de Marketing Jurídico: Pode ou Não?

Resumo

Será que advogado pode ligar oferecendo serviço para cliente ou isso configura captação de clientela e mercantilização da profissão? Neste artigo, explicamos quais os critérios para ser considerada uma infração ética, o que dizem as normas da OAB e porque também é necessário adequar as ações de marketing do escritório à LGPD. Além disso, comentamos alguns casos práticos sobre o tema, discutidos no TED da OAB/SP.  

1) Introdução

🧐 Recentemente, publiquei uma série de artigos sobre formas diferentes de publicidade na advocacia, mas ainda faltava falar sobre se advogado pode ligar oferecendo serviço!

Mesmo com o avanço das redes sociais e de formas de contato pela internet, é inegável que as ligações telefônicas ainda são muito relevantes para grande parte das pessoas.

Isso sem contar que existe um grande potencial em relação a quem não usa outra forma de comunicação que não seja o celular ou telefone fixo. Especialmente pessoas mais velhas ou quem não é adepto da tecnologia.

🤓 Então, decidi escrever o artigo de hoje para comentar as normas e entendimentos sobre o tema. Existem diferentes interpretações, que vão desde considerar isso uma infração ética até a ser permitido com restrições

Para começar, vou apresentar para você o que dizem as regras da OAB. Depois, quero lhe mostrar qual é a posição do Tribunal de Ética da OAB/SP em relação ao oferecimento de serviços jurídicos por telefone.

Por fim, vou explicar como fazer a prospecção de clientes por ligações telefônicas de maneira ética. 

Meu objetivo é trazer muitas dicas sobre como explorar esse caminho sem ter problemas com a Ordem! 🤗

2) Advogado ligar oferecendo serviço é infração ética?

Em primeiro lugar, é importante destacar que nas normas da OAB não existe nada expresso sobre se o advogado pode ligar oferecendo serviço. 📜

Isso não quer dizer que essa forma de publicidade é permitida sem qualquer limitação, mas também não significa que ela é proibida. É fundamental interpretar as diferentes regras da Ordem sobre o marketing jurídico para responder a essa pergunta com segurança.

👉🏻 Então, vamos ver como a questão é tratada no:

  • Código de Ética e Disciplina da OAB (Resolução n. 02/2015);
  • Provimento n. 205/2021 do CFOAB;
  • Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 8.906/1994).

De início, se você pesquisar “telefone”, “ligação” ou “contato telefônico”, não vai achar nada em nenhuma delas. Mas essas normas têm exatamente o que é necessário para entender se o advogado pode ligar oferecendo serviços.

Quer ver só?

⚖️ O art. 34, inciso IV, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil determina que é infração disciplinar o ato de angariar ou captar causas, com ou seu o auxílio de terceiros. Ou seja, a captação de clientela, sob qualquer forma, é proibida pela OAB.

Por sua vez, o art. 39 do Código de Ética e Disciplina diz que a publicidade profissional do advogado deve ser informativa, discreta e sóbria. 

O mesmo dispositivo ainda prevê que o marketing jurídico não pode, de forma alguma, configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.

Na mesma linha, o art. 5º do Provimento n. 205/2021 é claro ao determinar que a publicidade profissional do advogado pode usar anúncios, pagos ou não, nos meios de comunicação não proibidos pelo art. 40 do Código de Ética e Disciplina.

❌ Lembrando que esse art. 40 veda o uso de:

  • Publicidade em rádio, cinema e televisão;
  • Uso de outdoors, painéis luminosos ou similares;
  • inscrições em muros, paredes, carros, elevadores ou espaço público;
  • Divulgação da advocacia com outras atividades;
  • Fornecimento de dados de contato em colunas, artigos e outros meio da imprensa, salvo a referência a e-mail;
  • Uso de mala direta, panfletagem ou formas assemelhadas de publicidade com o intuito de captar clientes.

A princípio, observando essas regras, não existe uma proibição clara ao uso do telefonema como forma de publicidade ou oferecimento de serviços. 

Então, em uma interpretação favorável a esse tipo de marketing, o advogado pode ligar oferecendo serviço, desde que siga as restrições da OAB e não tenha o intuito de incentivar o litígio, mercantilizar a profissão ou captar clientela.

⚠️ E aí entram detalhes importantes que precisam de muita atenção…

2.1) Para quem o advogado pode ligar oferecendo serviços?

Ligar para pessoas e oferecer serviços é algo que, se não bem planejado, é muito próximo da mercantilização e da captação de clientela. Então vamos analisar a situação com calma… 

❌ Sabemos que o advogado não pode:

  • Incentivar litígio;
  • Captar clientes;
  • Mercantilizar a profissão.

Mas também vimos que a advocacia pode fazer anúncios, usar os meios não proibidos pela ordem na sua publicidade para explorar um marketing sóbrio, informativo e discreto.

Então, em teoria, o advogado pode ligar oferecendo serviços desde que siga essas diretrizes e respeite à risca as normas da OAB. Nesse ponto, novamente gostaria de chamar a atenção para o Provimento n. 205/2021. 📜

Afinal, o fato de ser possível fazer ligações não quer dizer que dá para fazer isso sem observar algumas restrições. Especialmente para quem será contatado.

Porque se o advogado pudesse ligar para qualquer pessoa da lista telefônica da cidade ou de um banco de dados de uma empresa, por exemplo, isso seria uma captação indevida de clientela. Sem contar no incentivo ao litígio ao entrar em contato com uma coletividade.

Advogado Pode Ligar Oferecendo Serviço? Implicações Éticas

🤔 “Alê, mas e aí, afinal, para quem o advogado pode ligar oferecendo serviço?

Olha o que diz o Anexo Único do Provimento n. 205/2021 sobre correspondências e comunicados:



Correspondências e comunicados (mala direta);

O envio de cartas e comunicações a uma coletividade (“mala direta”) é expressamente vedado. Somente é possível o envio de cartas e comunicações se destinadas a clientes e pessoas de relacionamento pessoal ou que os solicitem ou os autorizem previamente, desde que não tenham caráter mercantilista, que não representem captação de clientes e que não impliquem oferecimento de serviços.” (g.n.)

🧐 Então, equiparando o telefonema a comunicação, o advogado só pode ligar para quem já é seu cliente, para quem já autorizou a ligação ou para pessoas do relacionamento pessoal, como colegas advogados ou amigos.

Além disso, nesses contatos é necessário observar que não se pode ter um caráter mercantilista e nem de captação de clientela. Sem contar que o Anexo Único proíbe o oferecimento de serviços diretamente…

2.1.1) Então a OAB permite ligar oferecendo serviço?

Sim, mas o advogado não pode fazer isso de forma direta, como uma loja de roupas entraria em contato ou como a provedora de internet oferece os seus pacotes, por exemplo. 🤓

Desde que ligue para as pessoas permitidas sem mercantilizar a profissão, dá para informar o cliente e buscar um contrato.

🤔 “Como isso seria possível, Alê?”

No tópico 4 vou explicar melhor, mas a ideia é trazer informações importantes de serviços que você presta, combinadas com a instrução de um direito que a pessoa potencialmente tem. Lembrando sempre das limitações em quem pode ser contatado, ok?

Um exemplo de possível é o seguinte: você analisa os registros do seu escritório e percebe que um cliente pode se interessar pelo acompanhamento de seu pedido administrativo de aposentadoria por tempo de contribuição

Você consegue essa informação porque, algum tempo antes, já tinha prestado o serviço de acerto do CNIS para essa mesma pessoa. Com isso, foi feito o reconhecimento de alguns períodos especiais e o aproveitamento do tempo no serviço militar obrigatório.📝

Então, você pode ligar para ele (visto que já era seu cliente), informar sobre a possibilidade da aposentadoria e dizer que o escritório presta essa assessoria, atuando nesse tipo de pedido junto ao INSS.

Pronto! Você não ofereceu diretamente o serviço, mas informou o cliente dos direitos dele e se colocou à disposição.

Entendo que, dessa forma, não haveria desrespeito às normas da OAB e seria uma possibilidade interessante de prospectar clientes.😉

3) Tribunal de Ética Revela se Advogado Pode Ligar Oferecendo Serviço

Mas, para além de qualquer interpretação com base nas normas da OAB, vale a pena conferir como o Tribunal de Ética e Disciplina do seu Estado tem decidido sobre o assunto. 

👩🏻‍⚖️👨🏻‍⚖️ Fui pesquisar algumas decisões nesse tema no TED da OAB/SP e deu para notar posições bem rígidas quanto a matéria, mas em linha com as informações dos tópicos anteriores:

OFERECIMENTO DE SERVIÇOS JURÍDICOS POR TELEFONE PARA ATUAÇÃO EM CASO CONCRETO – IMPOSSIBILIDADE – CAPTAÇÃO INDEVIDA DE CLIENTELA E MERCANTILIZAÇÃO DA ADVOCACIA.

O contato via WhatsApp ou ligação telefônica, com pessoas ou empresas listadas em determinada demanda de recuperação judicial, oferecendo serviços para atuação em caso concreto fere a discrição e a sobriedade exigidas, configurando captação indevida de clientela ou mesmo mercantilização da profissão. A captação indevida de clientela configura infração ética, independentemente se praticada por terceiros ou pelo próprio advogado, nos termos do artigo 34, inciso IV do EAOAB.” (g.n.)

(Proc. E-5.584/2021 – v.u., em 20/05/2021, parecer e ementa do Rel. Dr. Eduardo Augusto Alckmin Jacob, Rev. Dra. Camila Kuhl Pintarelli – Presidente Dr. Guilherme Martins Malufe.)

“OFERECIMENTO DE SERVIÇOS JURÍDICOS POR TELEFONE OU APLICATIVO PARA ATUAÇÃO EM CASO CONCRETO – IMPOSSIBILIDADE – CAPTAÇÃO DE CLIENTELA E MERCANTILIZAÇÃO DA ADVOCACIA

É lícita a publicidade do advogado em redes sociais, inclusive o patrocínio de páginas e publicações, desde que observados os princípios e normas que regem a publicidade dos advogados em geral (artigos 39 e 47 Código de Ética e Disciplina e Provimento n. 94/2000, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil). Porém, o contato via WhatsApp ou ligação telefônica, com pessoas que tem processo no Juizado Especial Cível, mesmo que não possuam advogado constituído, oferecendo serviços fere a discrição e sobriedade exigidas, configurando captação de clientela ou mesmo mercantilização da profissão. A captação de clientela configura infração ética, independentemente se praticada por terceiros ou pelo próprio advogado, nos termos do artigo 34, inciso IV do EAOAB.” (g.n.) 

(Proc. E-5.208/2019 – v.u., em 24/04/2019, do parecer e ementa do Rel. Dr. Eduardo Augusto Alckmin Jacob, Rev. Dr. Eduardo de Oliveira Lima, Presidente Dr. Guilherme Martins Malufe.)

“Nossa Alê, mas o TED da OAB/SP então não permite o contato por telefone?”

🤓 Na verdade, ele entende que é uma infração ética o advogado ligar oferecendo serviços para quem está em uma lista, mas não é cliente do escritório e nem autorizou o contato.

Esses contatos para pessoas que constam nas chamadas “listas frias”, não são permitidas.

Observe que, no primeiro caso (Proc. E-5.584/2021), existia uma recuperação judicial em andamento. A consulta foi no sentido de ser ou não possível oferecer o serviço para empresas e pessoas listadas nessa demanda.

O TED da OAB/SP entendeu que não era permitido fazer isso, porque violaria as normas para publicidade e configuraria infração ética prevista no art. 34, inciso IV do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.

E no segundo caso (E-5.208/2019), a consulta era para saber se seria possível contatar pessoas que eram parte em processos no Juizado Especial Cível e ainda não estavam representadas por advogado. ⚖️

Novamente, o TED da OAB/SP seguiu o mesmo entendimento e manteve a posição de se considerar esse tipo de contato como violação ética!

Está gostando do artigo? Clique aqui e entre no nosso grupo do Telegram! Lá costumo conversar com os leitores sobre cada artigo publicado. 😊

3.1) Por que a decisão do TED da OAB/SP não é uma proibição para ligações dos advogados?

Em primeiro lugar, as decisões que comentei proíbem o contato telefônico com pessoas que estão em listas e que não eram clientes anteriores do escritório

Da mesma forma, elas não autorizaram, nem concordaram com as ligações.

🧐 Mas, eu acredito que o advogado pode ligar oferecendo serviço, desde que:

  • As pessoas contatadas sejam clientes, tenham autorizado/concordado ou sejam do relacionamento pessoal;
  • A ligação não ofereça serviços de forma direta e mercantilizada;
  • O contato respeite o caráter informativo previsto pela OAB, com o fim de colocar a pessoa a par de um direito que ela tem;
  • A ligação apenas informa que o escritório presta o serviço, sem ofertar diretamente.

Seguindo esses pontos de atenção e as restrições, acredito que é possível entrar em contato com clientes para oferecer novos serviços. ✅

Afinal, você pode fazer um post no Instagram ou no Facebook com caráter informativo e se colocando à disposição como uma referência no assunto. Da mesma forma, o email marketing para quem já é cliente é uma forma autorizada de publicidade.

Então, a ligação, desde que observando as restrições da OAB e de acordo com o entendimento dos TEDs, é também possível. 

Aliás, sempre dê uma conferida no que diz o Tribunal de Ética do seu Estado, para evitar problemas, ok? 🤗

Diferentes redes sociais, dificuldade de se expor, falta de engajamento, normas da OAB…

O Marketing Jurídico ainda é um desafio para muitos advogados.

Mas afinal, existe uma fórmula garantida para atrair clientes na internet?

É claro que existe!

Eu compilei todo meu conhecimento de mais de 10 anos trabalhando com marketing jurídico digital e produção de conteúdo jurídico na internet em um guia: o ebook Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online 

Meu objetivo com o livro é ensinar a você uma fórmula garantida para que os clientes encontrem você, sempre respeitando as normas da OAB!

Este ebook traz para você os 5 Pilares da Prospecção Online:

  1. Estratégias para você se destacar online e ser encontrado pelos seus clientes
  2. As novas regras de marketing jurídico da OAB
  3. Marketing Jurídico orgânico: branding, site, SEO, redes sociais, produção de conteúdo, cartão de visitas, WhatsApp, correio eletrônico e mais!
  4. Marketing Jurídico pago: como chegar aos clientes com anúncios de forma ética e eficiente
  5. Tudo o que você precisa para montar e ter sucesso com um escritório de Advocacia digital

👉  Então clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

4) Como fazer Prospecção de Clientes por Telefone Eticamente

Diante das regras da Ordem e do que o TED da OAB/SP tem decidido, não é possível que o advogado ofereça serviços por telefone de maneira indiscriminada. O contato sem autorização, relacionamento anterior e de forma mercantilizada é vedado.

O que não significa que não dá pra fazer prospecção de clientes por telefone eticamente com certos cuidados e uma análise detalhada!

“Como fazer isso, Alê?”

🧐 Primeiro, sugiro que você foque em quem seguramente pode ser contatado por telefone. Analise a base de dados dos seus clientes e veja para quem é possível fazer a ligação.

Depois, com isso em mãos, ligue para as pessoas permitidas e ofereça um novo serviço com base nos registros do escritório. Mas sem esquecer do viés informativo, seguindo uma linha próxima do marketing de conteúdo, de forma adaptada para as ligações. 

Para conseguir fazer isso da melhor maneira possível, sugiro que busque conexões entre o que foi feito antes para o cliente e o que será oferecido agora.

Exemplo: você pesquisa no CRM do seu escritório de advocacia e encontra um segurado que lhe contratou anteriormente para um planejamento previdenciário

Então, próximo do dia previsto para a aposentadoria, o software pode lhe avisar para ligar para a pessoa e oferecer o serviço de assessoria. Assim você pode fazer o requerimento na via administrativa. 📝

E também aproveitar o contato para já explicar que, se necessário discutir a questão na Justiça para buscar o direito ao benefício, o escritório também atua na defesa do cliente.

Sempre é interessante prospectar clientes dentro das regras da OAB. Portanto, os contatos com pessoas sem vínculo anterior com a sua advocacia ou que não solicitaram/autorizaram a ligação, não é uma boa ideia.

Uma outra alternativa para oferecer serviços por telefone para quem ainda não lhe contratou antes é assegurar a concordância com o contato.✅

Por exemplo, se o seu escritório tem um formulário de contato no site, você pode incluir um campo de que a pessoa expressamente autoriza receber ligações para saber mais sobre aquele serviço.

4.1) Não se esqueça da LGPD 

A Lei Geral de Proteção de Dados está cada vez mais presente no dia a dia e deve ser observada na publicidade advocatícia, inclusive quando ela é feita por telefone.

“Como assim, Alê?”

🤓 Bem, de nada adianta você se adequar ao que diz o TED da OAB do seu Estado e ao que determinam as normas sobre o marketing jurídico se, no final, violar a LGPD na hora de buscar os dados de contato das pessoas.

O art. 5º da Lei Geral de Proteção de Dados prevê que toda informação que torna a pessoa identificada ou identificável é considerada um dado pessoal

E o número de telefone pode ser considerado dessa forma…

O assunto é complexo e minha intenção não é esgotar o tema, mas apenas trazer um alerta para os colegas.

Então, recomendo que adeque todo o processo de marketing e contratos do seu escritório à LGPD, ok?

Sei que pode ser difícil no início, mas existem excelentes consultorias que podem lhe ajudar a fazer as adequações aos poucos, priorizando os pontos mais importantes. 😉  

Ah, antes da conclusão, quero dar mais uma dica!

Você sabia que dá para somar períodos de empregado rural com segurado especial para fins da aposentadoria por idade rural

📜 Publiquei esse artigo explicando que a IN n. 128/2022 expressamente garante esse direito para os trabalhadores rurais e comentando como os Tribunais têm se posicionado sobre o tema. 

Depois, dá uma conferida e já aproveita para ver se tem algum cliente nessa situação. Se for o caso, dá para ligar para ele informando sobre essa possibilidade e que você presta o serviço!

5) Conclusão

Com as restrições da OAB, é interessante entender o que podemos fazer em termos de publicidade e prospecção de novos contratos. 

Dúvidas nessa hora são naturais, em especial com tantas possibilidades e caminhos na busca de mais clientes.

🤓 Por esse motivo, no artigo de hoje trouxe para você informações relevantes para lhe ajudar a entender se o advogado pode ligar oferecendo serviço.

Primeiro, mostrei que não existe a previsão expressa nas normas da OAB sobre essa atitude ser considerada uma infração ética. Então, em teoria isso é possível.

No entanto, expliquei que o contato deve ser feito apenas para quem já é cliente, para colegas ou para pessoas que autorizaram ou concordaram com a ligação. Além disso, oferecer direto o serviço pode ser um problema, o ideal é manter o caráter informativo.

👩🏻‍⚖️👨🏻‍⚖️ Inclusive, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/SP expressamente proíbe que o advogado entre em contato com pessoas para oferecimento de serviços de maneira generalizada ou seguindo listas. Isso é uma infração ética e viola o Estatuto da Ordem.  

Espero que todas essas informações lhe ajudem a entender melhor o assunto e decidir se essa forma de publicidade é válida dentro da sua realidade. As restrições e limites são fundamentais para evitar problemas.

Ah, e para auxiliar ainda mais você nessa jornada, não esqueça de conferir o ebook  Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online, viu?

👉  Clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

Fontes

Veja as fontes utilizadas na elaboração deste artigo na publicação original no blog: Ligação Telefônica como Estratégia de Marketing Jurídico: Pode ou Não?

Conquiste Clientes Eticamente: Como o Advogado Pode Utilizar Email para Oferecer Serviços

Resumo

Muita gente ainda se questiona se advogado pode mandar email oferecendo serviço e se isso é uma alternativa realmente interessante para atrair clientes. Neste artigo, explicamos o que dizem as normas da OAB sobre o uso de email, mala direta e newsletter, quais informações são permitidas, como usar essas ferramentas respeitando os limites éticos da profissão e como adaptar o sistema de envio à realidade de cada escritório de advocacia. Também compartilhamos um exemplo de e-mail de apresentação para cliente que pode ser usado nas estratégias de marketing jurídico. 

1) Introdução

Depois que escrevi o artigo comentando se os escritórios podem dar brindes para clientes, alguns colegas perguntaram se o advogado pode mandar email oferecendo serviço.

Essa dúvida é realmente válida, afinal ninguém quer ser penalizado pela OAB, não é mesmo? 

🤓 Pensando nisso, hoje decidi explicar como os advogados podem utilizar o email dentro de suas estratégias de marketing sem desrespeitar as normas éticas.

Primeiro, vou trazer o que está determinado no Provimento n. 205/2021 e no Código de Ética e Disciplina.

Depois, quero comentar como funciona o e-mail marketing, mala direta e newsletter. Também vou mostrar o que diferencia essas formas de marketing e quais delas são permitidas pela OAB. 

Na sequência, ainda vou contar como mandar email oferecendo serviços de forma ética, trazendo um exemplo prático e muitas dicas. 

Tudo isso para lhe ajudar no seu dia a dia e explorar mais essa possibilidade dentro da sua estratégia de marketing jurídico! 😍

2) Advogado Pode Mandar Email Oferecendo Serviço?

Muita gente se pergunta se advogado pode mandar email oferecendo os serviços que presta no escritório. 

✅ A resposta é sim, as regras da OAB permitem o uso do email como forma de marketing jurídico. 

Mas, assim como em outros tipos de publicidade, existem algumas limitações importantes que precisam ser observadas ao fazer isso, para evitar problemas com a Ordem.

A primeira delas é que só é possível enviar essa comunicação para clientes, colegas advogados e outras pessoas que autorizaram ou solicitaram o envio previamente.

Além disso, é fundamental também manter a sobriedade, a discrição e o caráter informativo do email, oferecendo o serviço sem mercantilizar a profissão. Isso é importante, já que se trata de uma forma de publicidade como qualquer outra, devendo respeitar as regras gerais. 

Por isso, na hora de executar essa estratégia, você deve dar uma olhada nas restrições comuns e nas específicas das normas da OAB sobre o marketing, para não configurar a captação de clientela, ok? 😉

advogado pode mandar email oferecendo serviço

2.1) O que dizem as normas da OAB sobre o email?

Atualmente, o Provimento n. 205/2021 do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil regulamenta toda a parte da publicidade na advocacia. E não deixa de fora a questão do uso de email como forma de marketing.

👉🏻 No Anexo Único desta norma, existe a seguinte previsão sobre o assunto:




Correspondências e comunicados (mala direta);

“O envio de cartas e comunicações a uma coletividade (“mala direta”) é expressamente vedado. Somente é possível o envio de cartas e comunicações se destinadas a clientes e pessoas de relacionamento pessoal ou que os solicitem ou os autorizem previamente, desde que não tenham caráter mercantilista, que não representem captação de clientes e que não impliquem oferecimento de serviços” (g.n.)

A interpretação da OAB (e da maioria dos TEDs) é a de que o email é uma das formas de comunicação de que trata o Anexo Único, sendo então permitido. 

No art. 4º, §3º do Provimento n. 205/2021, também existe uma previsão bem clara equiparando ao email qualquer dado de contato ou meio de comunicação do advogado. 

🤗 Com base  em todas essas regras, é possível usar o email como forma de publicidade, enviando essas comunicações para informar os clientes de possíveis novos serviços de interesse.

Mas relembrando que, conforme o Provimento n. 205/2021, o envio só é permitido para quem:

  • Já é cliente do escritório;
  • Está no círculo de relacionamento pessoal dos advogados; 
  • Solicitar ou autorizar o envio do da comunicação antes.

Além de apenas ser possível enviar o email a essas pessoas, não dá para esquecer de manter o conteúdo informativo. A oferta de serviços não pode seguir a publicidade de usada por outros setores de forma alguma.

Afinal, essa atitude pode ser caracterizada como infração ética de mercantilização da advocacia ou captação de clientela. 😕

O Código de Ética e Disciplina da OAB (Resolução n. 02/2015) também expressamente autoriza que o advogado divulgue o seu e-mail como forma de contato. Aliás, ele pode fazer isso até mesmo em entrevistas para a imprensa.

📜 Dá uma olhada no que diz o art. 39, art. 40, inciso V e no art. 44, §1º:

“Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.

(…) Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: 

(…) V – o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;

(….) Art. 44. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB

§ 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.” (g.n.)

Além disso, o art. 5º do antigo Provimento n. 94/2000 garantia expressamente a possibilidade do advogado usar “correio eletrônico” na sua publicidade. Aí, a interpretação era de que o email também era permitido.

❌ Mas essa norma foi revogada, ok? Hoje em dia, o que vale é o Provimento n. 205/2021. 

3) Email marketing e envio de newsletter como publicidade jurídica

O advogado pode mandar email oferecendo serviço observando as limitações quanto aos destinatários. 

🧐 Agora que isso já ficou claro, é interessante conhecer mais do assunto para poder explorar ao máximo essa forma de publicidade na advocacia. 

Afinal, como as regras são rígidas, quanto mais você puder extrair das possibilidades permitidas, melhor!

Ao mesmo tempo, ninguém quer ter problemas com a OAB ao confundir o email com outras formas de publicidade vedadas pelas normas. Muito menos colocar um conteúdo que não é interessante na comunicação e perder potenciais clientes por um equívoco.

🤓 Então, vou trazer algumas definições relevantes sobre o assunto nos próximos tópicos, explicando cada uma delas.

Sei bem que diferentes redes sociais, dificuldade de se expor, falta de engajamento, normas da OAB fazem com que o Marketing Jurídico seja um desafio para muitos advogados.

Mas afinal, existe uma fórmula garantida para atrair clientes na internet?

É claro que existe!

Eu compilei todo meu conhecimento de mais de 10 anos trabalhando com marketing jurídico digital e produção de conteúdo jurídico na internet em um guia: o ebook Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online 

Meu objetivo com o livro é ensinar a você uma fórmula garantida para que os clientes encontrem você, sempre respeitando as normas da OAB!

Este ebook traz para você os 5 Pilares da Prospecção Online:

  1. Estratégias para você se destacar online e ser encontrado pelos seus clientes
  2. As novas regras de marketing jurídico da OAB
  3. Marketing Jurídico orgânico: branding, site, SEO, redes sociais, produção de conteúdo, cartão de visitas, WhatsApp, correio eletrônico e mais!
  4. Marketing Jurídico pago: como chegar aos clientes com anúncios de forma ética e eficiente
  5. Tudo o que você precisa para montar e ter sucesso com um escritório de Advocacia digital

👉  Então clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

3.1) O que é email marketing?

O email marketing é uma das formas de aplicação da estratégia de marketing digital, que consiste no envio de emails para destinatários determinados. O conteúdo dessas comunicações é pertinente com a área de quem está explorando esse tipo de publicidade.

🤔 “Mas Alê, para quem o e-mail marketing é enviado?”

Ele é enviado para pessoas que compõem um grupo certo e determinado. Normalmente quem está em uma lista, base de dados de clientes ou até mesmo para pessoas que não necessariamente consumiram o produto ou serviço antes, mas autorizaram o envio. 

Sabe aquele email que você recebeu anunciando a promoção de uma determinada loja que você fez um cadastro rápido? Então, esse é um típico email marketing!

Essa forma de publicidade foi muito explorada em vários setores, especialmente em grandes empresas do varejo online. Mas a advocacia também começou a olhar essa possibilidade recentemente. ⚖️

Aliás, durante muito tempo, o email marketing foi criticado e considerado como sinônimo de spam ou de comunicações intrusivas nas caixas de entrada das pessoas. 

De fato, no início, muitos abusavam desse recurso e traziam aborrecimento a quem recebia essa comunicação, com um efeito contrário ao desejado.

Mas, com o passar do tempo, essa estratégia foi se desenvolvendo e hoje está segmentada em várias espécies, com aperfeiçoamentos direcionados a uma melhor experiência no geral. 😊

Por esse motivo, cada vez mais o email marketing é uma ferramenta que tem se apresentado como uma maneira eficaz de comunicação com o cliente!

3.2) O que é newsletter?

🤓 Newsletter é um termo em inglês que significa “boletim de notícias” ou “boletim informativo”. Ela não é exatamente igual ao email marketing, mas também traz  possibilidades muito interessantes para a advocacia.

“Como assim, Alê?”

No mundo do marketing digital, a Newsletter é uma estratégia de publicidade com o  envio de emails periódicos para uma lista de assinantes já cadastrados. É uma excelente forma de divulgação de conteúdos, sites, empresas, eventos etc.

Então, podemos dizer que ela é uma das espécies que compõem o gênero email marketing. 📝

A diferença maior é que o seu envio é direcionado para um grupo determinado de pessoas que concordaram prévia e expressamente com o recebimento da comunicação. 

Diferente do email marketing tradicional, na newsletter os destinatários precisam autorizar de forma direta o recebimento da comunicação, aliás de forma expressa

Por esse motivo, se não existe a autorização e nem a manifestação de interesse no recebimento, ela não pode ser enviada. ❌

No email marketing, é até possível enviar para clientes que foram atendidos há algum tempo ou colegas sem solicitação direta. Mas na newsletter, não dá para fazer isso.

Isso significa que ela é uma forma de comunicação eletrônica que respeita totalmente a vontade do destinatário. O que encaixa muito bem com a publicidade na publicidade do mundo jurídico. 

Outra boa prática que existe nas newsletters é um link de descadastramento em todo email enviado. Assim, a pessoa pode parar de receber as mensagens quando quiser sem maiores complicações.

🧐 Além disso, outra característica marcante da newsletter é justamente seu caráter informativo e não de propaganda de produtos ou serviços. 

Novamente, uma ótima notícia para quem busca usar esse recurso como forma de marketing jurídico. 

Afinal, a newsletter dá enfoque na divulgação de conteúdo como forma de desenvolver ou fortalecer o relacionamento da pessoa ou da empresa com seus atuais e potenciais clientes. 

Por isso, ela é mesmo uma ótima aliada do marketing de conteúdo, que é permitido pela OAB e bastante explorado na estratégia de publicidade de muitos advogados. 🤗

3.3) Newsletter x mala direta

O conceito tradicional de mala direta se refere ao termo como uma ação de marketing, com o envio de correspondência por meio físico (envelope ou pacote) para o endereço de clientes atuais ou em potencial. 

O objetivo desta estratégia é anunciar uma novidade, lançamento ou convencer o destinatário a adquirir um produto ou serviço. 💰

Quem já recebeu uma carta ou pacote pelo correio, contendo uma carta de vendas, catálogo de produtos, um cartão de crédito que nunca pediu etc., já foi o destinatário de uma mala direta.

Esta estratégia foi usada pelas empresas por muitos anos, mas acabou caindo um pouco em desuso com o fortalecimento do marketing digital. Isso porque a publicidade pela internet normalmente demanda menos gastos e entrega resultados melhores.

Em uma interpretação da realidade atual, é possível dizer que o email marketing e a newsletter correspondem a uma nova versão da mala direta.

Está gostando do artigo? Clique aqui e entre no nosso grupo do Telegram! Lá costumo conversar com os leitores sobre cada artigo publicado. 😊

3.4) Advogado pode enviar mala direta como forma de publicidade?

❌ A OAB não permite o uso de mala direta pelo advogado ou escritório de advocacia como forma de publicidade profissional.

Conforme o Anexo Único do Provimento n. 205/2021, só é possível o envio de cartas ou comunicações quando restrito aos colegas de trabalho, clientes ou pessoas que solicitem ou autorizem previamente. 

Os destinatários não podem ser uma coletividade.

Para relembrar essa regra:

“O envio de cartas e comunicações a uma coletividade (“mala direta”) é expressamente vedado. Somente é possível o envio de cartas e comunicações se destinadas a clientes e pessoas de relacionamento pessoal ou que os solicitem ou os autorizem previamente, desde que não tenham caráter mercantilista, que não representem captação de clientes e que não impliquem oferecimento de serviços” (g.n.)

👩🏻‍⚖️👨🏻‍⚖️ Interessante mencionar que nos termos do art. 3º, “d”, §2º, do antigo Provimento n. 94/2000 do Conselho Federal da OAB, a mala direta era permitida

Acontece que, mesmo nessa época, existiam limites, como a decisão do TED da OAB/DF demonstra:

“PUBLICIDADE – MALA DIRETA ENVIADA A UMA COLETIVIDADE INDISCRIMINADA – CAPTAÇÃO ILEGAL DE CLIENTELA – VEDAÇÃO ÉTICA. O advogado não pode enviar mala direta a uma coletividade indiscriminada ou a pessoas que não sejam clientes, salvo se houver expressa autorização de tais pessoas, sob pena de tal prática implicar captação ilegal de clientela. Acordam os membros da Turma, por maioria, nos termos do voto divergente do Relator, em julgar pela procedência da representação, aplicando a Representado a penalidade de censura convertida em advertência em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito”. 

(TED/OAB-DF, Processo n. 31959/2009, Rel. Dr. Rômulo Martins Nagib, 3ª Turma, Julgamento: 25/06/2013)

Como o Provimento n. 94/2000 foi revogado e o Provimento n. 205/2021 veda expressamente o uso dessa forma de publicidade, a mala direta não é mais permitida atualmente.

3.5) Advogado pode enviar newsletter como forma de publicidade?

A newsletter é uma excelente ferramenta para o advogado divulgar seu marketing de conteúdo e pode ser usada na estratégia de publicidade do advogado. 📝

Desde que respeitados os limites éticos impostos ao marketing jurídico em geral (caráter apenas informativo e envio restrito aos colegas de trabalho, clientes ou a pessoas que solicitem ou autorizem previamente), essa é uma arma poderosa para a advocacia.

Independente do meio de comunicação utilizado, você deve observar as normas da OAB sobre a publicidade e elaborar uma newsletter da maneira mais ética possível. 

👉🏻 Ela pode ser entregue via:

  • Email;
  • Mensagens privadas em redes sociais (direct no Instagram e messenger no Facebook, por exemplo);
  • Listas de transmissão por WhatsApp ou demais aplicativos de conversa (como o Telegram);
  • Entre outras.

Mas, tenha sempre em mente que sua newsletter deve: 

  • Respeitar o Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei n. 8.906/1994), o Provimento n. 205/2021 do Conselho Federal da OAB e o Código de Ética e Disciplina da OAB (Resolução n. 02/2015);
  • Apresentar caráter meramente informativo, além de primar pela discrição e sobriedade;
  • NÃO possuir conteúdo que instigue o litígio, contenha formas de angariação de clientes (captação de clientela) ou engrandecimento do advogado (autopromoção);
  • Conter apenas informações de contato permitidas pela OAB;
  • Ser enviada apenas a um grupo determinado de pessoas, como clientes, quem possua um vínculo profissional com o advogado ou escritório de advocacia, ou que tenha autorizado ou solicitado previamente.

Seguindo essas regras, o advogado pode enviar a newsletter como forma de publicidade sem problemas, agregando mais uma ferramenta na estratégia de marketing jurídico. 🤗

3.6) E-mail marketing para advogados é permitido?

No final das contas, você pode estar se perguntando como fica a questão do uso de e-mail marketing para advogados. A resposta, como você conferiu no tópico 2, é que é possível usar essa forma de publicidade na advocacia!

O que não pode é esquecer dos limites que a OAB traz nas suas normas sobre marketing jurídico. 🧐

O email marketing pode ser enviado para quem já é seu cliente, para quem solicitou ou autorizou o envio e para colegas advogados. Qualquer outra pessoa fora dessa lista não deve receber essa comunicação.

Se isso acontecer, o TED da OAB do seu Estado pode ser acionado para apurar a possível prática de infração ética de captação de clientela ou de mercantilização da profissão.

⚠️ Então, cuidado! 

Para prospectar clientes, existem várias possibilidades permitidas pela OAB e com menos restrições do que o email marketing. O uso de redes sociais, o contato direto em eventos e a produção de marketing de conteúdo são algumas delas.

Disparar emails para pessoas não autorizadas, incentivando o litígio ou até mesmo captando clientela de forma indevida é uma violação às normas da Ordem. 

4) Como mandar email oferecendo serviços

Agora que já expliquei e mostrei o que é permitido conforme as normas da OAB, chegou a hora de ver como mandar email oferecendo serviços para os seus clientes.

Antes de mais nada, é importante que você apenas envie as comunicações para pessoas permitidas. Do contrário, como as regras da Ordem sobre publicidade determinam, pode ser configurada a captação de clientela, o que traz problemas.

🤔 “Certo, Alê, mas então como que eu faço?”

Em primeiro lugar, é interessante conferir os registros do escritório e fazer uma lista das pessoas que já foram clientes em outras ocasiões, independente de qual foi a ação ou o serviço contratado. 

Nessa hora, ajuda bastante documentar tudo em sistemas e bancos de dados.

Com essa informação em mãos, você já sabe quem pode ser contatado por e-mail sem causar problemas com a OAB. 

📝 Aí chega a hora de escrever…

O que sugiro é que você faça contatos por emails de apresentação de um novo serviço, mas relacionado a um que já foi prestado anteriormente. 

Para quem advoga na área previdenciária, os benefícios do INSS permitem oferecer vários serviços para a mesma pessoa, em momentos diferentes.

Isso potencializa a possibilidade de uma nova contratação ao mesmo tempo que passa para o cliente uma sensação de importância. Afinal, ele estará recebendo um tratamento personalizado, de acordo com a situação. 😊

Um exemplo bem simples é um email que oferece um serviço de revisão para uma pessoa que antes contratou seu escritório para buscar a concessão da aposentadoria.

Você já tem as informações disponíveis, com grande partes dos documentos arquivados, argumentos prontos, e a nova ação tem total conexão com a anterior. 

🤓 Outra dica legal é começar o e-mail se apresentando e relembrando a ocasião em que o cliente lhe contratou. 

Depois, explique em detalhes o serviço que está sendo oferecido, de preferência fazendo a ligação com a contratação anterior e deixando claro os possíveis ganhos com a novidade.

👉🏻 Como a pessoa precisa saber que é um contato seguro, não deixe de incluir ao final os dados do escritório e outros lugares em que ela poderá obter mais informações:

  • Nome;
  • OAB;
  • Endereço;
  • WhatsApp;
  • Telefone;
  • E-mail;
  • Redes sociais (LinkedIn, Facebook, Instagram etc.). 

Ah! Se você tiver o WhatsApp Business no escritório, dá para gerar um link único para o cliente clicar e ser direcionado direto para a conversa. Isso facilita demais a resposta!

E aproveitando a dica, acabei de publicar um artigo sobre um tema polêmico no direito previdenciário e que pode gerar muitas oportunidades para quem atua na área: o valor da aposentadoria por invalidez após o auxílio-doença. 🤒

Muitos clientes estavam recebendo o benefício por incapacidade temporária antes da Reforma da Previdência e tiveram a prestação convertida em aposentadoria por incapacidade permanente depois da EC n. 103/2019.

Acontece que mesmo com o agravamento da situação, os segurados acabaram com benefícios de valor menor. Isso por conta da mudança no cálculo da RMI

No artigo, expliquei porque o INSS não pode cobrar as diferenças do valor da aposentadoria por invalidez após o auxílio-doença. Mostrei toda a fundamentação legal, com base em uma Ação Civil Pública e uma Portaria sobre o assunto. ❌

Dá uma conferida depois, porque vale a pena e com certeza vai lhe ajudar a entender quais argumentos podem ser usados a favor de clientes que se encontram nessa situação!

4.1) Adapte a estratégia de e-mail à realidade do seu escritório. 

⚖️ Cada escritório tem um dia a dia, oferece uma certa gama de serviços para os clientes, tem uma equipe diferente etc. Alguns são bem grandes e estruturados, enquanto outros só contam com o próprio advogado.

Então, adeque as estratégias de email à sua realidade, ok?

Escritórios de pequeno porte costumam envolver estratégias mais simples, com o contato feito de forma manual e individualizada. 

Já escritórios maiores têm uma estrutura de marketing mais complexa, com processos específicos, inclusive envolvendo automatização de envio de email. Neles, o uso de softwares e sistemas tecnológicos aumentam a escala dos contatos. 

Então, não se sinta desmotivado se você ainda não tem uma super estrutura. O importante é começar, depois você vai adequando sua estratégia conforme seu escritório for crescendo! 🤗

4.2) Email de apresentação para cliente: Exemplo

Para mostrar para você como é um email de apresentação para cliente, resolvi trazer um exemplo, oferecendo o serviço de revisão da vida toda para quem já contratou o advogado para fazer o processo de aposentadoria. 

📝 Olha só:

“Email de apresentação da Revisão da Vida Toda para o Sr. (a) Cliente

Bom dia, Sr. (a) Cliente

Somos do escritório de advocacia “X”, que lhe prestou serviços no ano de 2018, ocasião em que fomos contratados para ingressar com uma ação de concessão de aposentadoria por tempo de contribuição. 

Naquela ocasião, o senhor nos contratou para buscar o direito ao benefício na Justiça, depois da indevida negativa na via administrativa, na qual estava desacompanhado de advogado. 

Obtivemos sucesso em sair vitoriosos na sua causa, com a prestação sendo implantada em 2020, junto ao pagamento dos atrasados.

Analisando os seus dados no escritório, notamos que é possível uma melhoria na sua aposentadoria em razão de uma novidade: a revisão da vida toda.

Essa tese foi recentemente aprovada no Supremo Tribunal Federal e leva em conta todos os salários de contribuição anteriores a julho de 1994 no cálculo do valor do seu benefício. E no seu caso, esses recolhimentos eram bem altos.

Por esse motivo, entramos em contato para informar dessa possibilidade e dizer que prestamos serviços que possibilitam uma ação para aplicar a revisão da vida toda na aposentadoria por tempo de contribuição que o senhor já recebe. 

Peço para entrar em contato se existir o interesse em receber mais informações sobre a causa. 

Nossos dados são:

 WhatsApp – XXXX XXXX

Telefone- XXXX XXXX

Email: xxxxxxxxxxxxxxxxxxx@xxxx.com

Redes sociais: Instagram, LinkedIn e Facebook

Quem vai receber sua resposta é o Dr. XXX, que ficará responsável por analisar e encaminhar o seu caso para as demais etapas da revisão.

Atenciosamente, Equipe do Escritório” 

Esse é só um exemplo, mas você pode ter uma ideia do que fazer para o email no seu escritório e com os serviços que oferece.

🧐 Ah! Antes da conclusão, quero deixar uma dica quente de um artigo completo que acabei de publicar sobre o que acontece quando o segurado falece no curso do processo. 

Nas ações previdenciárias, isso pode acontecer, já que uma parcela significativa dos clientes são pessoas idosas ou enfermas. O problema é que além da situação já ser complicada por si, o falecimento ainda tem consequências para a causa.

No artigo, expliquei o que fazer no caso do óbito do autor e até compartilhei um modelo de petição de habilitação de herdeiros em processo previdenciário para você usar! 😉

Depois me fala o que achou nos comentários, tenho certeza que vai lhe ajudar na hora de receber os honorários contratuais.

5) Conclusão

Cada vez mais o marketing jurídico tem chamado a atenção da advocacia, especialmente dos interessados em aplicar na prática todas as possibilidades permitidas pela OAB.

Mas, é natural que em um assunto tão complexo e com tantos caminhos, surjam muitas dúvidas sobre o que é ou não possível.

🤓 Pensando nisso, hoje resolvi falar sobre a possibilidade do advogado mandar email oferecendo serviço sem desrespeitar as normas éticas da Ordem sobre a publicidade. 

No início, mostrei que conforme o que está determinado nas regras da OAB sobre o tema, é possível usar o email marketing na advocacia. O Anexo Único do Provimento n. 205/2021 e o Código de Ética e Disciplina permitem isso, com restrições.

Também expliquei para você conceitos importantes e outras questões sobre o assunto, inclusive como é tratado o envio de newsletter como forma publicidade jurídica. Trouxe também a diferença com a mala direta e detalhes importantes sobre essas ferramentas. 🧐

Ainda mostrei para você um pequeno roteiro de como mandar email oferecendo serviços de forma ética, inclusive com um exemplo de oferecimento de revisões em aposentadorias. 

🤗 Com tudo isso, espero lhe ajudar bastante a entender melhor como o email marketing funciona e as fundamentações legais para usar essa forma de publicidade na sua advocacia.

Ah, e para auxiliar ainda mais você nessa jornada, não esqueça de conferir o ebook  Marketing Jurídico Vencedor: Como Atrair Clientes Online, viu?

👉  Clique aqui para se tornar um ímã de clientes através da internet! 😉

Fontes

Veja as fontes utilizadas na elaboração deste artigo na publicação original no blog: Conquiste Clientes Eticamente: Como o Advogado Pode Utilizar Email para Oferecer Serviços