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Modelo de petição de acordo de alimentos (pensão alimentícia)

Modelo de petição de acordo de alimentos (pensão alimentícia) – Novo CPC

Nest post, trago um modelo de petição de acordo de alimentos (de acordo com o Novo Código de Processo Civil) de minha autoria, mas, antes, faço algumas considerações que julgo importantes a respeito deste tema.

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Sumário

1) Alimentos e Pensão Alimentícia – breves considerações

2) Modelo de Petição de Acordo de Alimentos

Modelo de petição de acordo de alimentos

1) Alimentos e Pensão Alimentícia – breves considerações

Este é um modelo de petição de acordo de alimentos feito por mim para uma ação revisional de alimentos no qual atuei como advogada do pai / Requerente. É bem simples, mas não é necessário nada mais que isso. A petição é o próprio termo de acordo, por isso o(a) advogado(a) deve recolher as assinaturas das partes (e também a rubrica, caso seja mais de uma página), para evitar complicar-se.

O direito à alimentação está intimamente ligado ao princípio da dignidade da pessoa humana. A alimentação é uma necessidade básica do ser humano e ninguém deve ser privado da mesma. No direito brasileiro um dos institutos mais conhecidos e talvez um dos mais complexos seja o instituto dos alimentos.

Diz o art. 1.695 do Código Civil:
Art. 1.695. “São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.

Logo, os alimentos possuem caráter de subsistência. Sua finalidade está em assegurar a sobrevivência do alimentado de forma que este possa ter condições mínimas de subsistência”.

2) Modelo de Petição de Acordo de Alimentos 

Acordo de Pensão Alimentícia

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DA COMARCA DE __________________ / __

 

Processo nº ______

 

NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº __________ e do CPF nº ___________, residente e domiciliado à (endereço completo) e NOME COMPLETO nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº __________ e do CPF nº ___________, menor representada por sua mãe NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº __________ e do CPF nº ___________, residente e domiciliada à (endereço completo) vêm, respeitosamente, por seus advogados, à presença de Vossa Excelência, informar que mediante concessões mútuas, chegaram à uma composição amigável.

Após o ajuizamento da presente Ação Revisional de Alimentos, as partes decidiram acordar sobre a pensão alimentícia a ser paga à(ao) menor

Acordaram que o Requerente pagará mensalmente o valor de R$ _____ (______________), correspondente a ____% de seus vencimentos líquidos, se empregado, incluindo férias, 13º salário, horas extras e seguro desemprego.

No caso de desemprego ou trabalho informal deverá pagar ___% do salário mínimo vigente.

O pagamento da pensão alimentícia será efetuado todo dia __ de cada mês, mediante depósito em em conta corrente, de titularidade da genitora, nome do banco, agência, nº da conta corrente (especificar conforme o caso).

Tendo em vista o presente acordo e a ausência de prejuízo para quem quer que seja, requerem sua HOMOLOGAÇÃO POR SENTENÇA para que produza seus efeitos legais e jurídicos, após manifestação do ilustríssimo representante do Ministério Público, nos termos dos artigos 487, III, b, e 178, II, do CPC

Termos em que pede deferimento.

Local, data

___________________________

ADVOGADO

OAB 

___________________________

NOME DA PARTE REQUERENTE 

___________________________

NOME DA PARTE REQUERIDA

Petição Desistência da Ação – Modelo (Novo CPC)

Petição Desistência da Ação – Modelo (Novo CPC)

Nest post, trago um modelo de petição de desistência da ação (atualizado de acordo com o  Novo Código de Processo Civil) de minha autoria, mas, antes, faço algumas observações que julgo importantes a respeito deste tema.

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Sumário

1)  Desistência da Ação – Observações

2) Modelo de petição de desistência da ação

1) Desistência da Ação – Observações

O modelo abaixo é uma simples de petição de desistência da ação formulado por mim para um caso em que o autor perdeu interesse na demanda.

O pedido foi fundamentado no art. 485, inciso VIII do Novo Código de Processo Civil, de forma que o processo será extinto sem resolução do mérito. Com isso, será possível repropor a ação no futuro, caso se faça necessário.

Atenção: se o réu não tiver apresentado defesa, o autor poderá desistir sem problemas. Mas, se o réu tiver apresentado defesa, o autor só pode desistir com o consentimento deste ( art. 485, § 4º do Novo Código de Processo Civil). E, se já houver sentença, o autor não pode desistir nem mesmo com o consentimento do réu (entendimento do STJ).

A desistência da ação somente pode ser requerida por advogado que detenha poderes especiais (art. 105) e só produz efeito depois de homologada por sentença (art. 200, parágrafo único do NCPC).

Modelo de Petição de Desistência da Ação

2) Modelo de petição de desistência da ação

PETIÇÃO DESISTÊNCIA DA AÇÃO – MODELO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA ____ DA COMARCA DE ______________________

 

Processo nº _____________________

 

NOME DA PARTE, já qualificado(a) nos autos da NOME DA AÇÃO que move em face de NOME DA PARTE CONTRÁRIA, por seu(sua) procurador(a) subscrito(a), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, informar não tem mais interesse no presente feito e, assim, requerer a desistência da ação.

Diante do exposto, requer se digne Vossa Excelência homologar a presente desistência por sentença e extinguir o processo com fundamento no art. 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil.

Termos em que pede deferimento.

Local, Data

____________________________

Advogado(a)

OAB

FONTES: Código de Processo Civil, Dizer o Direito.

Divórcio Consensual Direto – Modelo de petição inicial

Divórcio Consensual Direto – Modelo de petição inicial

Este é um modelo de divórcio consensual direto com partilha de bens bem simples, porém completo, feito por mim. Não deixe de ler as observações antes, são importantes.

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Sumário

1) Observações Importantes

2) Modelo de petição inicial de divórcio consensual direto com partilha de bens

Modelo de petição inicial de divórcio direto

1) Observações Importantes

ATENÇÃO! Eu sempre gosto de colher a assinatura das partes nesses casos, pois a petição inicial é o próprio termo de acordo. E, se uma das partes vier a arrepender-se do acordo no futuro, ela não poderá a vir culpar o advogado.

Também compartilhe este post para que mais colegas possam ser beneficiados! E se você tiver alguma sugestão, comente abaixo, por gentileza! Me incentive a continuar produzindo conteúdo!

2) Modelo de petição inicial de divórcio consensual direto com partilha de bens

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA _____________________

 

NOME, nacionalidade, casada, profissão, portadora do RG nº _______ e do CPF nº ______, residente e domiciliada à [endereço completo] e NOME, nacionalidade, casado, profissão, portador do RG nº ___________e do CPF nº ____________, residente e domiciliado à [endereço completo] por sua advogada subscrita (instrumento de procuração incluso), vêm, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 226, § 6º da Constituição Federal, e nos artigos 1.571 e seguintes do Código Civil, propor a presente AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL DIRETO C/C PARTILHA DE BENS, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

DO PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Os Requerentes pleiteiam os benefícios da Justiça Gratuita assegurado pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e Lei Federal 1060/50 tendo em vista que momentaneamente, não podem arcar com as despesas processuais, sem prejuízo de seu sustento.

DOS FATOS

Os Requerentes são casados desde [data], pelo regime de __________________, conforme comprova a certidão de casamento anexa, e separados de fato desde __________. (obs.: a separação de fato ou de direito não é mais requisito para o divórcio)

Ou seja, há mais de dois anos o casal encontra-se separado de fato, estando cada qual morando em sua respectiva residência (desnecessário mencionar isso).

O casal possui o(s) seguinte(s) bem(ns): descrever os bens.

Os Requerentes convencionam a partilha nos seguintes termos: descrever a partilha.

Da união nasceu XX filho(a)(s): NOME, nascido(a) no dia ________________, conforme comprova a certidão de nascimento inclusa.

A guarda do(a)(s) filho(a)(s) em comum ficará com a mãe, podendo o pai visitá-la livremente, desde que não prejudique seus estudos. (normalmente é o que acontece, mas eu sempre aconselho o casal a adotar a guarda compartilhada)

A pensão alimentícia a ser prestada pelo cônjuge varão ao(à)(s) filho(a)(s) em comum será de R$ ______, a ser pago todo dia xx de cada mês. O valor deverá ser depositado na conta _____.

A mulher voltará a usar o nome de solteira, qual seja: NOME.

DO DIREITO

O § 6º do art. 226 da Constituição Federal, antes da modificação trazida pela Emenda Constitucional nº 66/2010, estabelecia que o “casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos”, ao passo que, após a referida alteração, passou simplesmente a prever que o “casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio”.

Assim, diante da leitura do artigo supramencionado, conclui-se que é permitida a extinção do vínculo matrimonial pelo divórcio sem a necessidade de prévia separação judicial por mais de 1 ano ou de comprovação da separação de fato por mais de 2 anos, como era exigido anteriormente.

Tendo em vista que os Requerentes encontram-se separados de fato há mais de dois anos e da impossibilidade de reconciliação, pleiteiam a decretação do divórcio de maneira consensual, nos termos das cláusulas acima descritas.

DO PEDIDO

Diante do exposto, requerem digne-se Vossa Excelência determinar:

  1. o deferimento da concessão da gratuidade da justiça;
  2. a oitiva do representante do Ministério Público;
  3. a homologação do presente acordo na forma requerida, decretando-se a extinção do vínculo matrimonial do casal;
  4. a determinação da expedição dos mandados ao registro civil para as devidas averbações, nos termos da lei;

Protesta pela juntada de todos os documentos ora anexados à presente para a comprovação dos fatos ora alegados e por eventuais outros que Vossa Excelência entenda como necessários à homologação desta.

Dá-se à causa o valor de R$ xx,xx (____) (normalmente eu coloco um salário mínimo), para fins de alçada.

Termos em que pede deferimento.

Local, data

___________________________

ADVOGADO

OAB

___________________________       ___________________________

NOME DOS CÔNJUGES

Declaração de Hipossuficiência (Pobreza) – Modelo (NCPC)

Declaração de hipossuficiência / pobreza de acordo com o Novo Código de Processo Civil

Neste artigo, trago um modelo de declaração de hipossuficiência (também chamada de declaração de pobreza) atualizado de acordo com o Novo CPC. Mas, antes, eu explico o que é esta declaração.

Ao final, trago os artigos de lei que tratam da Gratuidade de Justiça no Novo CPC (os quais recomendo fortemente a leitura!).

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Sumário

1) O que é Declaração de Hipossuficiência (ou Pobreza)

2) Declaração de hipossuficiência (pobreza) – Modelo de acordo com o Novo CPC

3) Artigos que tratam da Gratuidade de Justiça no Novo CPC

Modelo Gratuito - Declaração de Pobreza (Hipossuficiência)

1) O que é Declaração de Hipossuficiência (ou Pobreza)

A declaração de hipossuficiência, também conhecida como declaração de pobreza, é um documento usado para comprovar que uma pessoa não tem condições de pagar os custos exigidos para ter acesso a alguns serviços como as custas processuais e honorários de sucumbência de advogado.

Ela é necessária para que o Requerente obtenha os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita. Deve ser assinada pela parte ou seu curador, nunca pelo advogado.

Deve-se adicionar um item aos pedidos no qual requer-se os benefícios da assistência judiciária gratuita, como no exemplo abaixo:

DOS PEDIDOS

a) Seja concedido os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, conforme declaração anexa, por ser a autora pessoa pobre na acepção legal do termo, com isenção de custas, despesas processuais e ônus sucumbenciais porventura existentes;

2) Declaração de hipossuficiência (pobreza) – Modelo de acordo com o Novo CPC

DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA

 

Eu, NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador(a) do RG nº _____________ e do CPF nº ______________, residente e domiciliado(a) à [endereço completo], DECLARO, para todos os fins de direito e sob as penas da lei, que não tenho condições de arcar com as despesas inerentes ao presente processo, sem prejuízo do meu sustento e de minha família, necessitando, portanto, da Gratuidade da Justiça, nos termos do art. 98 e seguintes da Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil). Requeiro, ainda, que o benefício abranja a todos os atos do processo.

Local, data

____________________________________________

NOME COMPLETO

AVISO IMPORTANTE

Este modelo de petição é de livre utilização em petições iniciais / impugnações / recursos e manifestações jurídicas em geral, sob responsabilidade exclusiva do utilizador.

A republicação NÃO É PERMITIDA.

3) Artigos que tratam da Gratuidade de Justiça no Novo CPC

Lei 13.105/2015 (Novo CPC), Seção IV – Da Gratuidade da Justiça

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

§ 1o A gratuidade da justiça compreende:

I – as taxas ou as custas judiciais;

II – os selos postais;

III – as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;

IV – a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse;

V – as despesas com a realização de exame de código genético – DNA e de outros exames considerados essenciais;

VI – os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;

VII – o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;

VIII – os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;

IX – os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.

§ 2o A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.

§ 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

§ 4o A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.

§ 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.

§ 6o Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.

§ 7o Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3o a 5o, ao custeio dos emolumentos previstos no § 1o, inciso IX, do presente artigo, observada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital respectiva.

§ 8o Na hipótese do § 1o, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto ao preenchimento atual dos pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou registrador, após praticar o ato, pode requerer, ao juízo competente para decidir questões notariais ou registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua substituição pelo parcelamento de que trata o § 6o deste artigo, caso em que o beneficiário será citado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre esse requerimento.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.

§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.

§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.

§ 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.

§ 5o Na hipótese do § 4o, o recurso que verse exclusivamente sobre valor de honorários de sucumbência fixados em favor do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o próprio advogado demonstrar que tem direito à gratuidade.

§ 6o O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte ou a sucessor do beneficiário, salvo requerimento e deferimento expressos.

§ 7o Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do recolhimento.

Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso.

Parágrafo único. Revogado o benefício, a parte arcará com as despesas processuais que tiver deixado de adiantar e pagará, em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a título de multa, que será revertida em benefício da Fazenda Pública estadual ou federal e poderá ser inscrita em dívida ativa.

Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.

§ 1o O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão do relator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento do recurso.

§ 2o Confirmada a denegação ou a revogação da gratuidade, o relator ou o órgão colegiado determinará ao recorrente o recolhimento das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso.

Art. 102. Sobrevindo o trânsito em julgado de decisão que revoga a gratuidade, a parte deverá efetuar o recolhimento de todas as despesas de cujo adiantamento foi dispensada, inclusive as relativas ao recurso interposto, se houver, no prazo fixado pelo juiz, sem prejuízo de aplicação das sanções previstas em lei.

Parágrafo único. Não efetuado o recolhimento, o processo será extinto sem resolução de mérito, tratando-se do autor, e, nos demais casos, não poderá ser deferida a realização de nenhum ato ou diligência requerida pela parte enquanto não efetuado o depósito.

FONTE: Lei 1.060/50, Novo CPC.